Conheça a carne que antigamente só quem era rico comia no domingo
Peça macia e de sabor suave era vista como um luxo, disponível apenas para os mais abastados
Por muitos anos, o filé mignon foi sinônimo de sofisticação nas mesas brasileiras. Nos almoços de domingo, uma tradição que une famílias em volta da mesa, esse corte de carne ocupava um lugar especial, mas reservado apenas para quem tinha um poder aquisitivo elevado.
A carne macia e de sabor suave era vista como um luxo, disponível apenas para os mais abastados, enquanto a maior parte da população se contentava com cortes mais baratos e menos nobres.
O filé mignon, por ser uma das partes mais tenras e suculentas do boi, rapidamente ganhou o status de carne nobre.
Não apenas o seu sabor, mas também a praticidade no preparo, conquistava os cozinheiros da época.
Era possível assá-lo, grelhá-lo ou prepará-lo em molhos, sempre resultando em pratos que impressionavam pela textura e facilidade de consumo, como os clássicos medalhão e estrogonofe, que se tornaram marcas registradas dos banquetes dominicais das classes altas.
Nos anos em que a economia era mais restritiva e o acesso à carne de qualidade estava longe da maioria das mesas, o filé mignon representava status e poder.
Aquele que o servia em casa, especialmente nos tradicionais almoços de domingo, mostrava que podia se dar ao luxo de oferecer o melhor à família e aos convidados.
Com o passar do tempo e o crescimento do mercado de carnes no Brasil, o filé mignon se tornou mais acessível, mas ainda preserva seu ar de exclusividade.
Outros cortes, antes considerados secundários, ganharam popularidade com novas técnicas de preparo e a valorização do sabor. Mesmo assim, o filé mignon continua sendo o corte que muitas famílias escolhem para ocasiões especiais, ainda carregando consigo o prestígio de antigamente.