A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, identificou nesta sexta (25) Hussein Ahmad Karaki como o chefe do Hezbollah na América Latina, que seria responsável pela explosão de um carro-bomba na embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992.
O homem, que circularia também pelo Brasil e pelo Paraguai com os nomes falsos de Alberto Leon Nain e Elías Ribeiro Da Luz e estaria por trás de planos de atentados nesses países, vive hoje no Líbano, de acordo com a ministra.
Ainda segundo o governo argentino, Karaki atuava sob ordens diretas de Hassan Nasrallah, chefe do grupo xiita libanês do início da década de 1990 até sua morte há um mês após ataque de Israel em Beirute.
“É um baque muito forte mostrar a cara dele e dizer onde ele está”, afirmou Bullrich durante entrevista coletiva. Segundo a ministra, os documentos usados pelo integrante do grupo terrorista tinham sido providenciados pela ditadura do venezuelano Nicolás Maduro.
A ministra diz ainda que pedirá à Interpol que inclua o nome de Karaki em sua lista de procurados.
Poucos dias após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, a Polícia Federal deflagrou a operação Trapiche, que prendeu três pessoas em investigação sobre a atuação do Hezbollah no recrutamento de brasileiros para atos preparatórios de terrorismo -o grupo libanês é aliado do palestino Hamas contra Israel.
O grupo estaria planejando ataques a alvos israelenses em países da América Latina, e dois dos suspeitos estavam no Líbano no momento da operação. Não foram divulgados nomes de líderes ou responsáveis na ocasião.