Pai de estudante do CEPMG mostra cartinhas escritas pela turma em homenagem póstuma: “nosso camisa 7”
Nas cartas, colegas relembraram os momentos vividos com Matheus e desejaram forças à família
“Nosso anjinho camisa 07 deve estar jogando bola no céu, que é onde ele está junto de Deus, e eu tenho certeza disso porque ele era um aluno muito bom e um amigo melhor ainda”.
Este é apenas um trecho das diversas cartas que a família de Matheus Henrique Souza Silva recebeu após o falecimento do garoto, de apenas 11 anos, na última sexta-feira (18), dias depois de um acidente enquanto jogava bola.
As cartas foram escritas pelos colegas de turma, do sexto ano do ensino fundamental do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Dr. César Toledo, como uma forma de demonstrarem o carinho e respeito pelo amigo.
Em entrevista ao Portal 6, Adaílton Silva, pai de Matheus, contou, emocionado, a forma com a qual a família recebeu as mensagens e o quão tocante foi para eles tamanho gesto de compaixão.
“Meu filho era fantástico, você vê as cartinhas, os coleguinhas dele falando que não sabiam mais o que iam fazer no recreio sem o Matheus, que não iam deixar ninguém mexer na certeira dele, ele se dava bem com todo mundo”, contou, em meio ao choro.
Em algumas das cartas, compartilhadas com a reportagem, é possível ver o quão querido Matheus era pelos colegas, tido por eles como divertido, brincalhão e, é claro, apaixonado pelo futebol, o que o rendeu a alcunha de “camisa 7”.
“O Matheus era para todos nós colegas de classe nosso anjinho, jogador camisa 7, todos sentimos sua falta. Ele era parceiro, colega e risonho. Foi uma das melhores pessoas que conheci”, escreveu uma das colegas.
Nas mensagens, eles também lembraram, com carinho, das brincadeiras e artimanhas que o garoto costumava realizar, sempre com a intenção de trazer um pouco de alegria para a rotina da sala de aula.
“Toda vez que ele via o professor ele dizia ‘olha o professor’ e todo mundo sentava, às vezes era mentira e todos nós começávamos a rir dele. Ele também imitava o sinal e confundia os professores […] Ele também chamava o Tenente Mozar de Muçar”, lembrou outra amiga.
“Aquele jogador caro deve estar rindo de nós, jogando bola com o Pelé. Lembre dos momentos bons que ele fez para nós”, desejou outra colega de turma.