“Acreditei mais nele do que nos meus filhos”, diz idosa de Goiânia que sofreu golpe de R$ 12 milhões do genro

Parente se recusou a prestar conta das movimentações financeiras e teria sustentado má gestão por parte da sogra

Davi Galvão Davi Galvão -
“Acreditei mais nele do que nos meus filhos”, diz idosa de Goiânia que sofreu golpe de R$ 12 milhões do genro
Genro denunciado por suposto golpe na sogra é investigado pela Polícia Civil em Goiânia. (Foto: Reprodução)

Uma idosa, de 63 anos, denunciou ter sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 12 milhões, após ser enganada pelo próprio genro, em Goiânia.

Conforme o G1, a vítima alegou que, entre 2018 e 2022, fez diversas transações para o homem, de 33 anos, acreditando estar realizando investimentos financeiros.

Porém, ao final de 2022, a idosa passou a ter um maior interesse nas movimentações e começou a questionar o parente a respeito de como o dinheiro estava sendo gerenciado.

O genro, entretanto, teria se recusado a passar as informações, sustentando apenas que teria sofrido perdas consideráveis em ações envolvendo bitcoins.

O montante, avaliado em cerca de R$ 12 milhões, reunia as economias da vítima e uma herança que ela pretendia deixar para os três filhos e netos.

A idosa afirmou que se sente profundamente enganada pelo parente e que, no decorrer do processo, passou a ter problemas de saúde.

“Ele tem o poder de convencimento, acreditei mais nele do que nos meus próprios filhos”, afirmou ao G1.

Diante desse cenário, a vítima procurou um cartório, onde formalizou um requerimento de prestação de contas, que também foi ignorado.

“Recebemos uma resposta de que ele não tinha contas a prestar, que era uma questão familiar e quem deveria tomar conta das contas era a minha cliente [a idosa], em tese de que ela administrava mal as próprias contas”, declarou o advogado da vítima, Leonardo Jubé.

Assim, mesmo após entrar na Justiça e com uma decisão que obrigava o acusado em mostrar os trâmites financeiros, nenhum documento foi apresentado por ele ainda.

O caso foi registrado na Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI) de Goiânia e segue sendo investigado pela Polícia Civil (PC).

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