Pobres e ricos: IBGE revela cenários extremos sobre renda da população goiana
Estudo divulgado pelo instituto também revela diferença nos rendimentos por gênero e cor de pele
Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um cenário que mostra dois abismos em Goiás, em relação à renda per capita dos goianos.
De acordo com a amostra, enquanto metade da população vive com rendimento domiciliar inferior a R$ 1.313, outros 20% acumula mais da metade de toda renda.
Mais pobres
Segundo o IBGE, em 2023, o rendimento médio era de R$ 1.973 por pessoa do domicílio. Entretanto, a mediana revela um valor ainda menor, R$ 1.313. Na separação por sexo, a mediana do homem é R$ 1.322, enquanto a da mulher é R$ 1.286.
Por cor ou raça, a diferença é ainda maior: metade da população de cor branca tem rendimento domiciliar de até R$ 1.548, enquanto a metade da população de cor preta recebe menos que R$ 1.170.
Na análise por sexo com cor ou raça, o rendimento per capita médio do homem branco é R$ 1.607 e o da mulher preta ou parda é R$ 1.116.
Abastados
A pesquisa também apontou que a classe social dos 10% com menores rendimentos recebeu 1,8% do total de rendimento domiciliar per capita em 2023, enquanto a classe dos 10% com maiores rendas recebeu 38,2%.
O percentual do total de rendimento domiciliar per capita dos 20% mais ricos, em 2023, foi de 54,1%, ou seja, 20% da população concentra mais da metade da renda de todo o estado.