Jovem que teria sido sequestrado, acorrentado e torturado pelo patrão dá detalhes sobre cativeiro: “vou voltar amanhã e bater mais”

Portal 6 teve acesso ao relato da vítima, que afirmou ter sofrido agressões físicas e psicológicas do suspeito

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Jovem que teria sido sequestrado, acorrentado e torturado pelo patrão dá detalhes sobre cativeiro: “vou voltar amanhã e bater mais”
Jovem relatou à polícia ter sido acorrentado e torturado pelo patrão, no interior de Goiás. (Fotos: Reprodução)

Portal 6 teve acesso a um vídeo com o depoimento do trabalhador, de 27 anos, que foi acorrentado e torturado pelo próprio patrão, em uma fazenda de Guaraíta, cidade a 175 km de Goiânia.

Os crimes teriam ocorrido na quarta-feira (11) por volta de 4h ininterruptas, para que o jovem ‘confessasse’ um possível roubo alegado pelo patrão. Ao final desse tempo, ele conseguiu fugir e após caminhar quase 15 km foi socorrido em uma unidade de saúde – cujos profissionais chamaram a polícia militar.

Nas imagens, é possível ver a vítima com o pescoço e mãos ainda envoltos pelas correntes, que teriam sido utilizadas para trancafiá-lo em barracão aos fundos de uma propriedade rural.

Ao contar o relato para os policiais, o jovem disse que ficou “das 17h às 21h apanhando” e que o suposto autor, de 42 anos, só foi embora do local por volta das 22h, após fazer diversas ameaças.

“Ele falou que ia voltar amanhã e ia me bater demais”, afirmou, com a voz ainda trêmula de medo.

Na sequência, o trabalhador revelou que tentou quebrar o cadeado por algum tempo, até conseguir encontrar um prego e torcer a haste do cadeado até se soltar.

Por fim, a vítima afirmou que o patrão ainda teria “zombado” dele, com uma garrafa d’água e uma rosca. “Ele falava ‘você não tá com fome? Não queria água?’. [Ele estava] batendo na gente e perguntando se quer beber, quer comer”.

Após todas as supostas agressões, o jovem fugiu a pé da fazenda e caminhou até um hospital em Guaraíta, onde conseguiu ajuda e denunciou o ocorrido.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil (PC). Até as últimas informações, o suspeito não havia sido localizado.

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