Pintor é condenado a 14 anos de prisão por tentativa de homicídio após idosa negar vender fiado, em Anápolis
Apesar da decisão, ele segue foragido da Justiça
Um homem está foragido da Justiça em Anápolis, após ser condenado a 14 anos de prisão por tentar assassinar uma dona de bar no município, depois que esta se recusou a vender-lhe bebidas fiado.
Conforme explicado pelo promotor Eliseu Belo ao Portal 6, o caso aconteceu no dia 23 de janeiro de 2012.
À época, a vítima tinha 63 anos e estava administrando o estabelecimento comercial quando o autor do crime chegou.
Naquele dia, o homem não possuía dinheiro para comprar as cervejas e pediu para que pudesse pagar depois pelos produtos. No entanto, a comerciante não permitiu.
Insistindo, o acusado teria então solicitado que os pedidos fossem creditados em nome do sogro, que teria dado permissão ao genro. Como ele era amigo e bom pagador do bar, a idosa permitiu em um primeiro momento.
No entanto, as dívidas foram se acumulando até chegar ao ponto que a vítima não quis mais vender as bebidas para o homem. Isso o deixou irado e ele foi para casa.
Contudo, ele era pintor e havia deixado o bar apenas para buscar uma espátula e voltar ao estabelecimento. Com isso, ele se aproveitou de um momento que a idosa se abaixou e, pelas costas, desferiu um golpe certeiro no pescoço dela.
A agressão gerou um forte sangramento e a dona do bar precisou ser atendida às pressas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Alguns clientes do estabelecimento até tentaram impedir a fuga do acusado, mas ele conseguiu escapar do local.
Consequências
Depois de ficar gravemente ferida, a comerciante permaneceu três meses sem conseguir trabalhar e precisou encerrar as atividades do bar.
Após todos esses fatos, o caso foi para a Justiça, e o julgamento foi concluído nesta terça-feira (10), por meio de Juri Popular.
Na ocasião, foi determinado que o homem deverá cumprir a pena por tentativa de homicídio, qualificado por motivo fútil e por ter agido de forma a impossibilitar a defesa da vítima. Além disso, houve o agravante de que ela era idosa.
Contudo, como o autor não compareceu ao julgamento, não foi encontrado nos endereços conhecidos e não atendeu aos contatos telefônicos, o juiz responsável pelo caso emitiu um mandado de prisão.
Vale destacar que, desde a agressão à dona do bar, o acusado teve duas passagens criminais, por lesão corporal e ameaça, contra duas mulheres distintas.
Sendo assim, o homem é considerado um indivíduo perigoso e as autoridades policiais foram acionadas para que ele seja encontrado e detido.