Garoto de Anápolis enfrenta doença rara e precisa urgentemente de doação de medula: “só quero ver meu filho bem”
Patologia não tem cura e, embora tratamento auxilie na qualidade de vida, única solução definitiva é o transporte de medula
Já há um ano, João Miguel de Souza Toledo, de apenas 11 anos, está confinado na própria residência, em Anápolis. O garoto, que antes se divertia jogando bola e saindo na companhia de amigos, agora sai de casa apenas nas visitas rotineiras ao hospital para tomar medicação.
Diagnosticado com síndrome mielodisplásica no começo de 2024, a família vem lutando incessantemente para encontrar um doador de medula óssea compatível. Porém, até agora, só se depararam com becos sem saída.
Em entrevista ao Portal 6, Marlene Ribeiro de Souza Toledo, mãe de João Miguel, contou que o filho não pode mais sequer ir para a escola, por conta da fraqueza e do sistema imunológico extremamente debilitado.
“Nem quando preciso ir pro mercado posso levar ele. É muito sofrido ver ele assim, criança tinha que brincar ter amigos, mas ele não consegue e eu não sei mais o que fazer”, lamentou.
Por conta da delicada da situação do filho, Marlene teve de se dedicar exclusivamente às tarefas do lar e aos cuidados do garoto. A única renda da família vem dos trabalhos soltos que o pai consegue.
“Só de medicação, suplementos e vitaminas, dá mais de R$ 600 todo mês, não dá para ficar sem. Muitas vezes a gente precisa tirar dinheiro de onde não tem. Não tá dando”, disse.
Por conta da síndrome, João Miguel precisa passar uma semana de cada mês no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, recebendo medicação. Esta é uma das raras ocasiões em que pode sair de casa.
A doença não tem cura e, embora o tratamento auxilie um pouco na qualidade de vida, a única solução definitiva é o transporte de medula.
Porém, já há um ano na luta, Marlene confessou estar começando a se sentir vencida, com a fé sendo a única coisa que a sustenta.
“Quando acha um doador, falam que a pessoa desistiu. O outro não é compatível. Se tivesse algo para fazer, eu faria, mas não tem. Só sei que Deus nunca dá um fardo maior do que o que a gente pode carregar. Só quero ver meu filho bem”, lamentou.
Assim, ela pede para aqueles que puderem, comparecerem ao Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz, localizado na Av. Anhanguera, 5195 – St. Coimbra, Goiânia, e informar a intenção de destinar a doação para João Miguel.
Dentre os requisitos para ser apto a doar, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não ter doenças infecciosas, hematológicas, oncológicas ou do sistema imunológico.
“Só precisa de um doador compatível, sei que não é obrigação de ninguém, mas eu não sei mais o que fazer, preciso muito de ajuda”, clamou a mãe.