Ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, é preso em investigação que aponta irregularidades na casa de R$ 27 milhões

Político havia sido exonerado em abril de 2024 acusado de irregularidades em licitações da agência

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, é preso em investigação que aponta irregularidades na casa de R$ 27 milhões
Lucas Vissotto, ex-presidente da Goinfra. (Foto: Denise Xavier/ Alego)

Foi preso na manhã desta terça-feira (28), o ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Lucas Vissotto, que comandou a instituição entre 2022 e 2024.

Segundo a Polícia Civil (PC), o político está envolvido em um esquema suspeito de superfaturar obras em 26 prédios públicos em todo estado de Goiás, entre os anos de 2023 e 2024.

Ele é indiciado como principal nome por trás do suposto desvio, o qual pode ter causado um prejuízo de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos.

Os crimes teriam ocorrido por meio de um contrato firmado entre a Goinfra e uma empresa do Distrito Federal (DF), contratada por meio de pagamentos irregulares antecipados, sem que as obras sequer fossem iniciadas.

À época, a documentação havia sido ‘descaracterizada’, a fim de manter a discrição dos delitos, conforme apontou o delegado Danilo de Souza, responsável pela investigação.

Lucas Vissotto foi exonerado da Goinfra em abril de 19 de abril de 2024, quando o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) apontou suspeitas de sobrepreço de R$ 62,5 milhões em uma licitação para a compra de “estruturas pré-fabricadas de concreto armado” do programa Goiás em Movimento Eixo Pontes.

Em comunicado, o Governo de Goiás esclareceu que as irregularidades foram detectadas pelos próprios sistemas de controle interno e prontamente comunicadas às autoridades, além de destacar a ‘tolerância zero’ contra desvios de recursos públicos.

Confira a nota da íntegra:

Em relação à Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta terça-feira (28/1), o Governo de Goiás esclarece que:

– Conforme divulgado pela PCGO, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.

– A gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer eventual desvio de conduta no trato do dinheiro público.

– O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor”.

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