Empresário contrata trio para incendiar fábrica dos pais e garantir R$ 2 milhões da seguradora, mas plano dá errado

Aos policiais, envolvidos assumiram autoria pelo ocorrido e explicaram como negociação aconteceu

Davi Galvão Davi Galvão -
incêndio
Fábrica foi completamente tomada pelas chamas. (Foto: Zap Catalão)

Após um incêndio tomar conta de uma fábrica de tecidos e couros em Catalão, a Polícia Militar (PM) foi acionada para assumir o caso após câmeras de segurança apontarem que o ocorrido foi feito de forma criminosa. Porém, o caso teve uma reviravolta após as autoridades descobrirem que o mandante do crime era, na verdade, o filho dos proprietários do imóvel.

O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (24), após as chamas tomarem conta da instalação, localizada no bairro Vila Dona Erondina.

A partir da análise das câmeras de segurança, as autoridades visualizaram dois suspeitos chegando ao local, de motocicleta, pouco antes do incêndio começar e indo embora após o ato.

Porém, como um dos celulares que estava no imóvel não foi localizado, o mesmo foi rastreado em outro bairro da cidade e, ao chegarem no endereço indicado, a PM avistou um indivíduo, que rapidamente se desfez do aparelho.

Ao ser questionado, o jovem, de 24 anos, confirmou que estava com o celular da empresa e de que ele havia sido contratado pelo empresário, filho dos donos do local, para provocar um incêndio.

A proposta é de que iria receber R$ 20 mil, ao passo em que o mandante iria lucrar cerca de R$ 2 milhões com o seguro da fábrica.

Para dar cabo do crime, o jovem então contratou outros dois indivíduos, de 18 e 20 anos, prometendo R$ 2.500 a dupla, tendo sido estes os responsáveis por iniciar o incêndio.

Diante das informações, os policiais localizaram todos os envolvidos, que confirmaram a história relatada, assumindo a autoria pelo ocorrido.

Aos policiais, o empresário, filho dos donos do imóvel, justificou a ação dizendo que a família estava passando por dificuldades financeiras, mas que os pais não tiveram nenhuma parte ou tinham qualquer conhecimento do golpe realizado.

Portal 6 apurou que, embora a empresa estivesse registrada no nome do filho, eram os pais quem tomavam conta do negócio.

Os envolvidos foram conduzidos até a Central de Flagrantes e se encontram à disposição do Judiciário.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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