Empresa com negócio inovador já conta com mais de 500 clientes em Anápolis e motos a ‘R$ 1″

Através do aplicativo, usuários conseguem solicitar uma motocicleta e em poucas horas já podem pilotá-la

Davi Galvão Davi Galvão -
Empresa com negócio inovador já conta com mais de 500 clientes em Anápolis e motos a ‘R$ 1″
Modelo escolhido da Mottu foi o Sport 110i da marca indiana TVS. (Foto: Divulgação)

Facilidade. Foi com esta proposta que a Mottu, start up brasileira de aluguel de motocicletas que já conta com 130 unidades no país, conseguiu a façanha de reunir 500 usuários em Anápolis, em apenas 8 meses de atividade na cidade.

A popularização não foi à toa. Em poucos minutos, o usuário consegue se cadastrar e, sem análise de crédito ou qualquer burocracia, já retirar a moto para usufruto próprio.

Um dos diferenciais e maior atrativo da companhia é que, além do aluguel tradicional, o cliente também pode optar pelo plano de dois ou três anos com as parcelas e que, ao final, o veículo é transferido para o nome dele, por uma taxa simbólica de apenas R$ 1.

Foi como explicou, em entrevista ao Portal 6, o gerente da unidade em Anápolis, Caio Carvalho Silva, que destacou a praticidade com a qual os clientes conseguem através do veículo uma forma de garantir o próprio sustento.

“A gente fala que a Mottu nasceu para ajudar os não ajudados. Muitas vezes, a pessoa está com dívidas, com o nome sujo, mas quer se reerguer, ter um trabalho digno, mas não consegue financiar uma moto por conta dessas pendências. Aqui não. A gente não olha a linha de crédito, se tá ou não com o nome sujo. Fez o cadastro no aplicativo, já sai com a moto, tranquilo”, comentou.

Os planos

A empresa funciona com o aluguel tradicional, com planos a partir de R$ 18 por dia e também com o plano “Minha Mottu”,  que sai com a diária a partir de R$ 31. Em ambos os casos, a manutenção preventiva, incluindo troca de óleo, pneus e similares, é gratuita nas unidades da marca, além de oferecer socorro 24 horas. Além disso, não é necessário se preocupar com despesas como emplacamento ou IPVA.

A diferença é que, no Minha Mottu, ao final do período de dois anos, caso o cliente não tenha débitos em aberto, a moto passa a ser oficialmente dele.

“É um bom negócio porque o cliente consegue trabalhar com a moto, já garantir o sustento dele, da família. Não precisa juntar o dinheiro para comprar ela antes, pode ir ganhando aos poucos”, pontuou.

Empresa se responsabiliza pelo IPVA, licenciamento, manutenção, resgate, moto reserva, seguro, infraestrutura e assistência 24 horas (Foto: Davi Galvão)

Além disso, Caio destacou que a empresa compreendeu um outro tipo de público, que não necessariamente trabalha com as motocicletas, mas ainda precisam delas para se locomover. Para estes, foi criado o “Mottu Conquiste”, com diárias a partir de R$ 19 e pagamento mensal. Neste, é necessário a permanência por três anos para que a moto seja transferida.

Nesta categoria, os clientes não precisam se limitar a uma localidade especificada, podendo circular por todo o território nacional, o que não acontece nas outras propostas, normalmente limitadas à cidade onde foi firmado o contrato e os respectivos entornos. Além disso, os clientes se comprometem a arcarem com as manutenções preventivas.

Este foi o caso de Lucas Teixeira Vintel, morador do Setor Industrial Munir Calixto e que precisa ir até o trevo da Havan, diariamente, onde trabalha como motorista de ônibus. Antigamente, contou que costumava fazer o trajeto de carro, mas que a gasolina estava pesando no bolso.

À reportagem, ele relembrou que, inicialmente, se inscreveu na Mottu na modalidade aluguel, mas como não trabalhava com a motocicleta, percebeu que era muito mais compensatório migrar para o plano Conquiste.

“Acaba que por mês fica bem mais barato e não é um dinheiro que eu tô perdendo, porque tô economizando muito na gasolina e no final de três anos, a moto fica comigo”, comentou.

Mecânica

Inicialmente, quando foi fundada em 2019, a Mottu tinha uma parceria com a Honda, que fabricava os modelos da motocicleta. Porém, a start up brasileira optou por buscar uma alternativa ao perceber que a gigante japonesa iria acompanhar os planos de negócios da empresa.

Assim, a marca optou por montar uma fábrica própria em Manaus, Amazonas, a partir de outubro de 2022. O modelo escolhido foi o Sport 110i da marca indiana TVS.

Em entrevista ao Portal 6, o proprietário da Marcelo Motopeças, Adelci Sigueira, esclareceu que os modelos são competitivos com as gigantes do mercado e, em questão de trabalhos e serviços de manutenção preventiva, não apresentam particularidades que dificultem a mão de obra. O problema, são as peças.

“No mercado, ainda não existem peças paralelas dessa marca [TVS]. Então, faróis, carenagem, maçanetas e peças assim sem serem as originais, que tem que comprar diretamente na distribuidora. Mas de resto, não dão mais ou menos problemas do que qualquer outra moto”, comentou.

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