Artista responsável pelo painel do Centro Administrativo aponta possíveis razões para deterioração da estrutura
Especialista apontou que apenas o passar do tempo não seria capaz de causar tamanha destruição


Ainda não faz um ano desde a inauguração oficial do novo Centro Administrativo de Anápolis e, mesmo assim, o imponente mural do local, avaliado em mais de R$ 880 mil, já está parcialmente destruído, com diversos azulejos faltando. Porém, como relatado pelo artista responsável pela obra, apenas o tempo não seria capaz de tamanha deterioração, com ele apontando três possíveis motivos para o ocorrido.
Em entrevista ao Portal 6, o escultor Luiz Olinto, encarregado pelos trabalhos artísticos, admitiu o estado precário do mural, no que definiu como um acontecimento atípico.
“Realmente, é um trabalho grande, extenso, mas na minha carreira já fiz alguns maiores, com o mesmo material e nenhum apresentou qualquer avaria do tipo. Fazer os azulejos é um trabalho caro, demorado, envolve muita perícia. Eles são feitos para a eternidade, só o passar do tempo, especialmente tão curto, não explica o que aconteceu”, pontuou.

Obra custou quase R$ 1 milhão aos cofres públicos. (Foto: Davi Galvão)
Acerca do que pode ter acontecido, Olinto apontou três possíveis causas, mas destacou ser muito difícil chegar a uma conclusão definitiva.
A primeira tem a ver com problemas na estrutura do prédio em si, que pode ter se movimentado – algo completamente natural – de uma forma não prevista no projeto arquitetônico, que resultou na queda das peças.
As outras duas explicações tem a ver com a argamassa utilizada e também com o profissional responsável pelo assentamento dos azulejos, apesar de Olinto ter destacado que estes últimos dois cenários são improváveis.
O artista também destacou que está dialogando com a Prefeitura a fim de revitalizar a obra, bem como efetuar as medidas necessárias para que o problema não volte a se repetir.
Em tempo
A confecção do mural artístico, avaliado em mais de R$ 886 mil, foi autorizado pelo ex-prefeito Roberto Naves, à época no PP.
O processo de escolha do artista não passou por “chamamento por edital” e sim pelo procedimento de inexigibilidade devido ao apontamento de inviabilidade de competição.
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