Líder dos camelôs refuta saída da região da Rua 44: “como que vai chegar de uma vez e nos tirar?”, argumenta

Prefeito Sandro Mabel definiu que ambulantes terão de se retirar das ruas até 30 de março

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Líder dos camelôs refuta saída da região da Rua 44: “como que vai chegar de uma vez e nos tirar?”, argumenta
Ambulantes ocupam Rua 44 (Foto: Captura/Google Maps)

A líder dos vendedores ambulantes de Goiânia, Ana Paula Barbosa de Oliveira, considera inviável a intenção do prefeito Sandro Mabel (UB), de retirada dos ambulantes da região da Rua 44 até 30 de março, daqui a uma semana.

Nesta segunda-feira (24), durante audiência na Câmara de Vereadores da capital, o Chefe do Executivo repetiu que espera resolver a questão até este prazo. Ao Portal 6, Ana Paula cita dificuldade de acordar com a Prefeitura uma saída razoável.

“Tentamos há um mês acordo, mas o prefeito não nos recebe. Só falamos com secretário”, disse à reportagem, dizendo que tem expectativa de apoio dos vereadores em uma reunião marcada para esta terça-feira (25). “Se não houver, vamos acionar a Justiça”, disparou.

A líder cita que as alternativas oferecidas pelo prefeito são ineficazes, seja a de aluguel social ou uma área da Feira Hippie. Sobre a primeira opção, ela entende que deveria ser de forma gratuita.

“Tem dono de galeria que nem sabe e ele disse que a gente poderia escolher a que a gente quisesse”, questionou.

Sobre uma possível alocação na feira, ela também não concorda. “Quer jogar a gente lá na brita, onde a feira é morta”, explicou.

Ela devolve que Mabel não propõe o que sugere como uma “Feira dos Camelôs”, dizendo que os ambulantes estão dispostos a se regularizar.

Mais à frente, Ana Paula teme revolta entre os trabalhadores. “Os ambulantes têm renda provida dali e mais nada”, citou, reivindicando conversa com o prefeito ou um prazo maior até que haja acordo. “Dia 30 tá aí. Como que vai chegar de uma vez e nos tirar?”, argumenta.

Mesmo com o impasse, o prefeito defende que não cederá. Mais cedo, no Legislativo, ele garantiu que a fiscalização vai ser rígida para impedir a presença dos ambulantes que atuam na região, procurada, principalmente, por conta das ofertas em confecções.

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