Projeto de funk de ex-estudante da UFG irá representar o Brasil em Harvard
Proposta destaca a importância de pensar a cultura do gênero musical como veículo de transformação social


Um projeto de funk iniciado por uma ex-estudante do curso de licenciatura em Dança da Universidade Federal de Goiás (UFG) ganhará palcos internacionais no próximo mês, quando representará o país na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A 11ª edição da Brazil Conference at Harvard, que reúne lideranças diversas, acontece entre os dias 11 e 13 de abril. É lá que chega a Ginga Funk (@gingafunk), proposta idealizada há quase três anos por Susan Santos e pelo produtor musical Ryggie Diamantino Cruz, bacharel em música (UFG).
Primeira escola de funk de Goiânia, o espaço propõe se voltar para o resgate da cultura negra e ancestral que se faz presente no estilo musical.
O intercâmbio cultural, embora some mais uma conquista, não é totalmente novo: a iniciativa já recebeu intercambistas dos Estados Unidos, Honduras e França.
Susan, que hoje é mestra em Antropologia Social e aluna de Pedagogia, ambos pela UFG, também compõe outra das programações da conferência – a palestra “A cultura negra do funk e suas relações com a cultura afro-brasileira”.
Ela destacou ao Jornal UFG a importância de pensar esse gênero musical além do estereótipo. “A palestra visa dialogar a respeito da cultura do funk como importante veículo de transformação social de jovens negros nas periferias”.
Isso acontece, segundo ela, “visando a reflexão, conscientização e discussão dessa cultura para além do entretenimento, como forma de resgate dos saberes da cultura afro-brasileira, e que atravessa a construção da identidade de pessoas negras no Brasil”.
O projeto Ginga Funk, fundado em 2022, tornou-se uma empresa pioneira no ensino da dança funk no Brasil.
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