Rede de supermercados em Goiânia estava sendo boicotada e juíza toma atitude

Em dificuldades financeiras, Super Barão já reduziu pela metade número de estabelecimentos e funcionários pela metade

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Fachada do supermercado Super Barão, em Goiânia. (Foto: Divulgação/ Barão)
Fachada do supermercado Super Barão, em Goiânia. (Foto: Divulgação/ Barão)

Após a entrada no pedido de recuperação judicial, o Grupo Super Barão precisou novamente acionar a Justiça para impedir que fosse vítima de uma espécie de boicote dos prestadores de serviços e fornecedores diretos. Isso porque alguns estavam se recusando a vender mercadorias à rede  mesmo com pagamentos à vista.

A decisão foi definida pela juíza Laura Ribeiro de Oliveira, da 25ª Vara Cível de Goiânia, conforme apontou o portal especializado Rota Jurídica.

Na decisão, a magistrada concedeu tutela de urgência antecipada que determina, além da interrupção à venda de mercadorias –  a manutenção dos contratos com locadores dos pontos comerciais.

O grupo vem sofrendo com dificuldades financeiras desde 2021, após se endividar com a expansão das unidades, aliado ao aumento da taxa de juros, queda da rentabilizada e uma reorganização entre os sócios, que se resolveram somente após uma disputa judicial.

Desde então, a empresa passou iniciou um agressivo processo de reestruturação, reduzindo pela metade o número de lojas e funcionários.

Diante disso, a magistrada definiu, com urgência, a realização dos procedimentos de recuperação judicial do Grupo Super Barão, determinando a proibição de uma série de entraves que vinham sendo feitos.

Dentre as determinações, está o mantimento dos contratos com os fornecedores e a proibição da interrupção de outros serviços essenciais, incluindo energia, água, telefonia e internet.

Ao conceder a medida, a juíza destacou a importância dos fornecimentos para o funcionamento da empresa, uma vez que as paralisações afetariam mais de 9 mil itens, de 250 fornecedores, comprometendo a capacidade de abastecimento das lojas, afetando o fluxo de caixa.

Além disso, foi determinado um período chamado “stay period”, que suspende todas as ações legais contra o Super Barão por 180 dias, de acordo com a Lei da Recuperação Judicial. Durante esse tempo, não será permitido penhorar, apreender ou tomar os bens da empresa, seja por decisão judicial ou fora do tribunal.

Agora, o Grupo Super Barão terá 60 dias para apresentar um Plano de Recuperação Judicial, sob pena de falência.

Com a palavra, o Grupo Super Barão:

O Super Barão recebeu com responsabilidade e determinação o deferimento do pedido de recuperação judicial. A medida representa um passo estratégico na reestruturação da empresa, com foco na manutenção das operações, no fortalecimento da saúde financeira e na valorização de todas as relações construídas ao longo dos anos.

Reafirmamos nosso compromisso com colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes. Estamos prontos para conduzir esse processo com total transparência, construindo um plano de ação sólido, eficiente e que garanta estabilidade para todos os envolvidos.

Este é o início de um novo ciclo. Um momento de reorganização, mas também de oportunidade para evoluir e reposicionar a experiência em nossas unidades — sem jamais abrir mão dos princípios que fizeram do Super Barão a maior rede de supermercados de Goiás.

Seguimos firmes, com foco no futuro e respeito pela nossa trajetória.

Equipe Super Barão

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