Obrigado, Reverendo Wildo
Mais que números, o Reverendo conseguiu como poucos enxergar o ser humano além das máscaras, dos cargos, do poder e até do dízimo

Anápolis perdeu essa semana uma de suas figuras mais emblemáticas: o reverendo Wildo dos Anjos, fundador da Missão Vida, que ao longo de décadas marcou gerações com seu trabalho social de alcance internacional.
Muito antes das discussões sobre políticas públicas, tão comuns hoje em dia, Wildo já destinava atenção às pessoas em situação de rua.
Os números da Missão Vida impressionam. É um trabalho significativo em termos de assistência, com um total de 10.661 refeições servidas, milhares de crianças atendidas, centenas de pessoas em situação de rua atendidos e milhares de litros de sopa distribuídos.
Mais que números, o Reverendo conseguiu como poucos enxergar o ser humano além das máscaras, dos cargos, do poder e até do dízimo. Acolheu quem mais precisou, ofertando lar, ressocialização, profissionalização e dignidade.
Em seu obituário, escrito antes, se despediu agradecendo a todos que amou e alcançou na caminhada da vida. Terminou o texto dizendo: “Você, que nunca me amou, não venha! Passou o tempo!”
Uma última lição sobre amar, parafraseando o capítulo 13 da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, reafirmo que sem amor nada seríamos. Obrigado, Reverendo!