Em Goiás, cidade se destaca como destino perfeito para quem ama escalar

Aqui é o palco goiano onde escaladores encontram blocos, história e natureza sem igual

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
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(Foto: Reprodução/YouTube)

Quando Cocalzinho de Goiás emergiu do ritmo frenético das fábricas de cimento para se tornar referência na escalada, poucos poderiam prever que blocos erodidos pelo tempo fariam esse lugar brilhar, não apenas pela rocha, mas pelo espírito da comunidade que ali se formou. O município, com 26.638 habitantes estimados em 2024, gentílico “cocalzinhense”, ocupa 1.785 km² no entorno do Distrito Federal.

Hoje, essa terra é destino ideal para quem ama escalar. A apenas 130 km de Goiânia e 104 km de Brasília, Cocalzinho reside na Serra dos Pireneus, com relevo esculpido para a escalada em boulder, a modalidade que dispensa cordas e exige técnica, vontade e bons crash pads.

No Parque Estadual dos Pirineus, que abrange parte do município, foram registradas mais de 11.700 ascensões, em blocos graduados entre V0 e V14, do iniciante ao atleta experiente.

Em Goiás, cidade se destaca como destino perfeito para quem ama escalar

Escalada em Via, utilizando cordas e equipamento de segurança. (Foto: Reprodução/BlocRock)

O município testemunhou os primeiros desafios em rocha desde 1993, com ascensões clássicas em falésias como o Morro do Cabeludo, onde foram abertas vias técnicas como “Orgasmatron” e “Chaminé Cabeluda”, além de cerca de 30 rotas grampeadas e mais de 70 boulders em desenvolvimento.

Cocalzinho também é palco de encontros que aquecem o esporte. Desde 2014, recebe o Rockocal, festival que mistura competições, escaladas livres e troca de experiências em ambientes como a Fazenda Tabapuã dos Pireneus. E para elevar ainda mais o clima inclusivo, o Cocalcinhas celebra a escalada feminina com três dias intensos de escalada, yoga, música e integração entre escaladoras de todo o país.

Quem chega por aqui descobre mais do que rochas: encontra também a exuberância do Cerrado, cachoeiras escondidas e cavernas misteriosas, como a famosa Gruta dos Ecos, com um dos maiores lagos subterrâneos da América Latina, ainda que com visitação restrita por razões de preservação.

Administrativamente, Cocalzinho aparece como uma cidade bem estruturada, com índices de urbanização elevados, esgotamento sanitário adequado em 91 % dos domicílios, arborização urbana (97,7 %) e bons indicadores educacionais.

Mais do que desafiar rochas, visitar Cocalzinho é se inserir numa narrativa em que geologia, esporte e cultura se cruzam. Trilhas que conduzem a blocos que parecem contar suas próprias histórias; festivais que unem corpos, mente e natureza; e uma cidade que se reinventa além da história industrial para acolher escaladores, iniciantes ou veteranos.

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Anna Júlia Steckelberg

Anna Júlia Steckelberg

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com Portal 6 desde 2021.

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