Os segredos por trás da Cidade de Pedra, local precioso em Goiás

Não se trata apenas de caminhar entre rochas, mas de se maravilhar com a história gravada nelas

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
Os segredos por trás da Cidade de Pedra, local precioso em Goiás
(Foto: Prefeitura de Pirenópolis)

A Pedra não foi talhada por mãos humanas, foi formada ao longo de milhões de anos, quando chuva e vento entalhavam o quartzito em figuras surreais. A área, com cerca de 600 hectares, foi declarada Monumento Natural Municipal em outubro de 2005 por sua geologia singular, biodiversidade endêmica e beleza cênica incomparável, segundo o site oficial de turismo de Pirenópolis.

Essa “cidade” labiríntica, moldada por forças naturais, fica a aproximadamente 56 km de Pirenópolis, entre as serras que compõem os Pireneus goianos. Suas formações rococó lembram ruas, praças, colunas e até rostos ou animais, é como caminhar por uma metrópole fossilizada, esculpida com delicadeza e imponência pela natureza.

Os segredos por trás da Cidade de Pedra, local precioso em Goiás

Cidade de Pedra 

(Foto: Divulgação/Prefeitura de Pirenópolis)

Quem primeiro descreveu esse enigma geológico foi o naturalista francês François Henry Trigant des Genettes, ainda no século XIX. Ele chamou o lugar de “Cidade Perdida dos Pireneus”, imaginando templos, palácios e ruínas erguidas pelo tempo, e foi apenas séculos depois que o historiador Paulo Bertran identificou o local, guiado pelas suas pistas.

Visitar esse labirinto é um testamento de aventura e respeito ao Cerrado. As trilhas variam de 6 a 12 km, com dificuldade de média a alta, e exigem preparação, água, lanche e, sobretudo, um guia credenciado, afinal, o risco de se perder entre fendas e formações é real. A melhor época para encarar esse turismo consciente é entre dezembro e julho, já que na seca mais intensa o terreno torna-se traiçoeiro e árido.

Além das pedras impressionantes, a Cidade de Pedra abriga vegetação adaptada às condições extremas: veloziáceas, eriocauláceas, bromeliáceas e líquens rochosos sobrevivem nesse solo pedregoso e seco, contribuindo para a exuberância do lugar.

Não se trata apenas de caminhar entre rochas, mas de se maravilhar com a história gravada nelas, um registro vivo da evolução geológica em altíssimo contraste com a sensibilidade segura de quem sabe ler a paisagem. Prepare os sentidos e deixe que cada formação conte sua própria narrativa.

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Anna Júlia Steckelberg

Anna Júlia Steckelberg

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com Portal 6 desde 2021.

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