Verde, vermelho ou amarelo? Entenda as diferenças entre os tipos de pimentão e como usar cada um
Não há um “melhor” absoluto: há o mais adequado para o efeito desejado

Desde os tempos em que civilizações antigas já domesticavam variedades de pimentas na América Central, o Capsicum, espécie que dá origem aos pimentões, carrega memórias de cultivo, cor e sabor.
Quando chegamos hoje ao corredor de hortaliças do mercado e nos deparamos com verdes, amarelos e vermelhos, parece apenas uma escolha estética. Mas, como somos curiosos, e você, leitor, já sabe: há muito mais ali do que simples pigmento.
O que define o verde, o vermelho ou o amarelo é, basicamente, o estágio de maturação do fruto — e os processos químicos internos que mudam junto com ele.
Verde, vermelho ou amarelo? Entenda as diferenças entre os tipos de pimentão e como usar cada um
O “irmão verde” é, na verdade, um pimentão imaturo, ainda carregado de clorofila e compostos que lhe conferem sabor mais intenso e um toque ácido.
À medida que amadurece, ele produz luteína, beta-caroteno e outras moléculas que trazem os matizes amarelos, e — no ápice da maturidade — gera substâncias como (E)-2-hexenal e (E)-2-hexanol, que oferecem aroma frutado e doçura ao vermelho.
Nutricionalmente, cada cor também entrega seu “prêmio”. O pimentão verde é fonte confiável de vitamina C e menor teor calórico; os tipos amarelo e vermelho carregam maiores quantidades de vitamina A — graças ao beta-caroteno — e seu volume de antioxidantes tende a crescer conforme a maturação.
O vermelho, inclusive, é destacado por seus níveis elevados de licopeno e por atuar na defesa cardiovascular e no combate a radicais livres.
Mas como aproveitar essas variações no prato? O pimentão verde, por sua textura mais firme e sabor pronunciado, é excelente para refogados, recheios que exigem calor sem desmanchar e pratos onde faz contraponto aromático ao restante da comida.
O amarelo, menos agressivo ao paladar, funciona bem cru em saladas, em grelhados leves e pratos de peixes, onde pode “brilhar” com sua cor vibrante e presença suave.
Já o vermelho, mais doce e versátil, rende em molhos, assados, sopas e até espetinhos coloridos — é quase um “curinga cromático” na cozinha.
Não há um “melhor” absoluto: há o mais adequado para o efeito desejado. Se você quer punch aromático, vá de verde. Se deseja leveza ou um toque adocicado, amarelo ou vermelho servem melhor.
E se quiser extrair o máximo de saúde e cores no mesmo prato, misture as três tonalidades — com a deliciosa possibilidade de ver cores e sabores dançarem juntas no seu prato.
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