Você já viu as bolas nas linhas de energia? Saiba como elas se chamam e para que servem
Um olhar curioso sobre os “balões” pendurados nos fios para entender mais sobre segurança aérea

Na próxima vez que você estiver dirigindo por uma estrada rural ou passando perto de um aeroporto, fique atento.
Aquelas esferas laranja ou vermelha que você vê pendendo nos cabos de energia não são brinquedos gigantes de basquete — são elementos vitais de segurança.
Chamadas de esferas de sinalização ou balizas de linha, elas existem para que pilotos de helicópteros, aviões agrícolas e demais aeronaves possam enxergar os fios mesmo em baixas altitudes, evitando colisões.
O que são e por que estão ali?
Essas esferas são instaladas estrategicamente nos cabos mais altos das torres de transmissão, especialmente em zonas de travessia como rodovias, rios ou perto de helipontos.
Segundo a concessionária Enel, sua função é deixar a fiação visível para aeronaves, destacando-se no céu pela cor vibrante e tamanho.
Elas são regulamentadas pela ABNT NBR 7276, que define quando devem ser usadas e onde. De acordo com essa norma, as esferas devem aparecer em situações específicas, como linhas com altura acima de 150 m ou em regiões de referência para voo visual, como rodovias ou ferrovias.
Já a NBR 15237 estabelece requisitos mínimos para a fabricação: cor, resistência e dimensões.
Ciência por trás da esfera
As esferas normalmente têm cerca de 60 cm de diâmetro e pesam entre 5 e 7 kg, conforme explicam fabricantes no Brasil.
Materiais como polietileno de alta densidade ou resina de poliéster reforçada com fibra de vidro são usados para garantir durabilidade, resistência a raios UV, vibrações do vento e até oscilações nos cabos.
Há ainda orifícios de drenagem para evitar acúmulo de água.
De acordo com a NBR 7276, o espaçamento entre esferas nunca deve ultrapassar 30 metros.
Em cruzamentos de linhas, é comum haver ao menos três esferas distribuídas para sinalizar a fiação principal.
Além disso, segundo o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), incidentes já foram registrados em locais onde não havia sinalização visível.
A cor tem papel fundamental: laranja ou vermelha são recomendadas por garantir contraste com o fundo e visibilidade a longa distância.
No Brasil, a própria NBR 6535 estabelece diretrizes para isso.
A presença dessas “bolas” é uma solução simples, mas decisiva — especialmente em regiões de agricultura, rotas de helicópteros ou perto de aeroportos menores. Elas reduzem riscos sérios de colisão aérea e ajudam a evitar tragédias, como já apontaram estudos normativos.
Além disso, servem para reforçar a conexão entre a rede elétrica e a aviação, duas realidades aparentemente distantes, mas profundamente interligadas pela segurança.
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