Mãe e filha se juntam e constroem casa com 8.000 garrafas de vidro

Projeto sustentável transforma lixo das praias de Itamaracá em moradia e inspira debates sobre meio ambiente, habitação e protagonismo feminino

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Mãe e filha se juntam e constroem casa com 8.000 garrafas de vidro
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O que começou como uma inquietação diante do aumento do lixo nas praias de Itamaracá virou um projeto transformador. Ao perceber a quantidade de resíduos descartados sem destino adequado, Edna decidiu agir. Ao lado da filha, Gabrielly, ela começou a recolher garrafas, pedaços de madeira e outros materiais rejeitados — e deu forma à Casa de Sal, uma construção inteiramente baseada em reaproveitamento.

A iniciativa utilizou mais de 8.000 garrafas de vidro, além de paletes recuperados e telhas produzidas a partir de tubos de pasta de dente. Móveis e revestimentos também foram recriados pela dupla, reforçando a proposta de mostrar que aquilo que a sociedade descarta pode virar estrutura funcional e durável.

Impacto social: muito além da reutilização

A Casa de Sal não é apenas uma obra ecológica — ela abre espaço para discussões importantes sobre moradia digna e gestão de resíduos. O projeto convida a comunidade a repensar o destino do lixo e as possibilidades de habitação acessível em regiões litorâneas vulneráveis.

Entre os impactos gerados estão:

– Redução do volume de lixo acumulado nas praias de Itamaracá;

– Incentivo a práticas sustentáveis entre moradores e visitantes;

– Demonstração de que é possível criar moradia alternativa usando recursos locais e de baixo custo.

A mobilização também atrai voluntários, turistas e organizações, ampliando o alcance das discussões ambientais e fortalecendo soluções criativas para a região.

Desafios enfrentados pela dupla

Desde o início da construção, Edna e Gabrielly precisaram superar o preconceito estrutural presente na construção civil — um campo onde a presença feminina ainda é vista com desconfiança. Cada etapa concluída reforçou a capacidade técnica das duas e transformou a casa em um símbolo de resistência feminina.

Curiosamente, alguns vizinhos que antes duvidavam da iniciativa hoje procuram as duas em busca de orientação para reutilizar resíduos em suas próprias casas.

Um modelo para o futuro sustentável

Para mãe e filha, a Casa de Sal representa um chamado urgente para mudar a relação com consumo e descarte. A própria estrutura do imóvel mostra que materiais considerados inúteis podem assumir novas funções quando a criatividade é usada a favor do meio ambiente.

A história de Edna e Gabrielly tem motivado moradores a adotar hábitos mais conscientes e enxergar o lixo como uma oportunidade de inovação. Assim, o projeto:

– Expande a percepção sobre reutilização de resíduos;

– Aponta alternativas de construção de baixo custo;

– Reforça a importância da educação ambiental dentro da comunidade.

A Casa de Sal, portanto, não é apenas uma moradia — é um símbolo de transformação, sustentabilidade e protagonismo feminino.

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Isabella Valverde

Isabella Valverde

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com passagens por veículos como a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado. É editora do Portal 6 e especialista em SEO e mídias sociais, atuando na integração entre jornalismo de qualidade e estratégias digitais para ampliar o alcance e o engajamento das notícias.

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