A rara mutação genética que faz com que muitas pessoas durmam apenas 5 horas e continuem plenas
Enquanto a maioria luta para funcionar bem sem uma boa noite de descanso, existe um pequeno grupo que acorda disposto mesmo dormindo pouco
A mutação genética que faz algumas pessoas precisarem de muito menos horas de sono do que o restante da população intriga especialistas há anos.
Enquanto a maioria luta para funcionar bem sem uma boa noite de descanso, existe um pequeno grupo que acorda disposto mesmo dormindo apenas cinco horas.
E o mais curioso é que essa vantagem não vem de hábitos, mas de algo profundamente inscrito no DNA.
Essa mutação genética raríssima desafia o que sabemos sobre o sono e abre portas para discussões fascinantes sobre como o corpo humano funciona.
O gene envolvido nessa condição surpreendente
Pesquisas indicam que essa mutação genética afeta o gene DEC2, que participa da regulação do ciclo sono–vigília.
Ele atua na forma como o cérebro recupera energia durante o descanso.
Em 2009, um estudo se destacou ao identificar membros de uma família que dormiam muito pouco, acordavam dispostos e não apresentavam efeitos negativos comuns da privação de sono.
Nada de irritabilidade, falta de foco ou queda de desempenho. O organismo deles parecia operar em outro ritmo.
Por que essas pessoas funcionam bem com pouco sono
Para quem possui essa mutação genética, o corpo parece otimizar cada minuto de descanso.
Os processos de restauração acontecem de maneira mais rápida e eficiente, preservando memória, humor e capacidade de concentração.
É como se existisse um mecanismo interno que transforma noites curtas em energia suficiente para o dia inteiro.
Enquanto a maioria sofre com cansaço após dormir pouco, esses “short sleepers naturais” simplesmente não sentem os efeitos.
Uma condição extremamente rara
Mesmo com todo o fascínio que essa descoberta desperta, é importante lembrar: menos de 1% da população possui essa mutação genética.
Ou seja, praticamente todos nós continuamos vulneráveis aos impactos da falta de sono, como irritabilidade, problemas de memória, queda no desempenho diário e maior risco de doenças cardiovasculares e metabólicas.
Tentar imitar esse padrão sem ter a mutação pode ser prejudicial.
O que a ciência ainda quer descobrir
Embora já exista um entendimento inicial sobre essa rara variação do gene DEC2, a ciência continua investigando.
Os grupos estudados são pequenos, e ainda não se sabe quantas pessoas realmente possuem essa mutação genética ou de que forma ela altera, de maneira tão profunda, o funcionamento do sono.
Mesmo assim, o caso chama atenção por mostrar como o corpo humano pode ter exceções impressionantes.
O que isso representa para o futuro
Estudar essa mutação abre portas para compreender melhor o sono e seus mecanismos.
Talvez, no futuro, novos tratamentos possam surgir inspirados nesses “short sleepers naturais”.
Até lá, o essencial é respeitar os próprios limites e reconhecer que, para quase todos nós, dormir bem continua sendo uma das chaves para manter a saúde física e mental em equilíbrio.
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