Polícia Civil investiga caso de médico que acorrentou funcionário negro em Goiás

"Falei pra estudar, não quer, então vai ficar na minha senzala", diz o médico no registro

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Polícia Civil investiga caso de médico que acorrentou funcionário negro em Goiás
Vídeo foi postado nas redes pelo profissional que afirmou que tudo não passava de uma brincadeira. (Foto: Captura)

A Polícia Civil da Cidade de Goiás começou a investigar na tarde desta quarta-feira (16),  a relação entre um médico e um funcionário –  que teve os pés e mãos acorrentados e uma corrente amarrada no pescoço pelo patrão, um médico que atua na cidade. Tudo isso foi postado nas redes sociais do profissional.

Ao Portal 6, o delegado Gustavo Barreto explicou que está no início da coleta do depoimento do homem, de 37 anos. “Ele disse que tudo não passou de uma brincadeira”, afirmou o delegado.

O delegado ressaltou que ainda não sabe mais detalhes do caso como, por exemplo, quanto tempo este homem trabalhava para o médico, já que a oitiva foi interrompida para que a vítima fosse atendida pela defensoria pública.

O delegado informou ainda que o profissional da  área da saúde é bastante conhecido por utilizar as redes sociais, mas que nunca houve nessa nenhuma postagem nesse cunho – que pode ser considerado injúria racial, constrangimento ilegal ou uma brincadeira de profundo mal gosto. “Ainda estamos no início da apuração”, ressaltou.

No vídeo de 15 segundos, que viralizou nas redes sociais, o médico fala para o homem negro: ‘falei pra estudar, num quer. Então vai ficar na minha senzala’.

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