Setor de serviços cresce 4,7% em 2021 com avanço da vacinação e recupera perdas da pandemia

Embora o setor como um todo tenha se recuperado, nem todas as atividades estão acima do nível pré-pandemia

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Setor de serviços cresce 4,7% em 2021 com avanço da vacinação e recupera perdas da pandemia
Setor de serviços cresce 4,7% em 2021 com avanço da vacinação e recupera perdas da pandemia (Foto: Flickr)

LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO
RIO DE JANEIRO, RJ, SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após sentir o baque da pandemia em 2020, o setor de serviços, o principal do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil, teve alta de 4,7% em 2021, recuperando as perdas sofridas com a Covid, informou nesta sexta-feira (4) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pela ótica da oferta, o setor responde por cerca de 70% do PIB brasileiro. Engloba uma grande variedade de empresas: de pequenos comércios a instituições financeiras e de ensino. Também é o principal empregador no país. ​

Com a crise sanitária, o segmento amargou um duro golpe em 2020, com queda de 4,3%, porque parte considerável das empresas que prestam serviços depende da circulação de consumidores. Restaurantes, bares, hotéis, salões de beleza e eventos fazem parte dessa lista.

A partir da vacinação contra a Covid-19, iniciada em 2021, e da derrubada de restrições à circulação de pessoas, o segmento passou a apostar na melhora dos negócios e encerrou o último trimestre do ano 1,6% acima de igual período de 2019. Embora o setor como um todo tenha se recuperado, nem todas as atividades estão acima do nível pré-pandemia.

A recuperação de serviços, contudo, encontra desafios na largada de 2022. Entre eles estão a inflação persistente e a renda menor dos brasileiros, o que dificulta o consumo.

Já a indústria teve alta de 4,5% em 2021, conforme os dados divulgados nesta sexta pelo IBGE. A queda em 2020 havia sido de 3,4%. O setor segue abaixo do nível pré-pandemia.

Ao longo do ano passado, o setor ainda sofreu com gargalos no fornecimento de insumos e encarecimento de matérias-primas. Esse desarranjo global é associado por analistas aos efeitos da pandemia na produção das fábricas.

A agropecuária, por sua vez, recuou 0,2% em 2021. No ano anterior, o setor havia sentido menos a chegada da pandemia, com crescimento de 3,8%.

Embora a demanda global por commodities agrícolas tenha permanecido aquecida em 2021, a agropecuária amargou perdas em razão do clima adverso. A combinação entre crise hídrica e geadas abalou culturas como café e cana-de-açúcar no ano passado.

Nesta sexta, o IBGE também divulgou os dados do PIB referentes ao quarto trimestre de 2021. Entre outubro e dezembro, o setor de serviços cresceu 0,5% frente aos três meses imediatamente anteriores.

A indústria recuou 1,2% no quarto trimestre. A agropecuária teve alta de 5,8% no mesmo período. ​

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