Bombeiro nada no mar por quatro horas após ficar desaparecido no CE
Profissional chegou à terra firme por volta das 2h36 da madrugada desta quarta-feira (7)
Um bombeiro de 36 anos de idade nadou em alto-mar durante mais de quatro horas após ficar à deriva depois de um resgate na região de Jericoacoara, no Ceará.
O profissional chegou à terra firme por volta das 2h36 da madrugada desta quarta-feira (7). Assim que terminou de nadar até o continente, o bombeiro, identificado como sargento Jairo, ligou para um amigo do Posto de Guarda-Vidas de Jericoacoara dizendo que estava na praia da Tatajuba, em Camocim.
O homem ficou à deriva desde o início da noite da terça (6). Ele participou de uma operação para salvar um turista francês, de nome e idade não informados, que praticava kitesurfe, um esporte aquático que utiliza uma pipa e uma prancha com suporte para os pés para deslizar sobre a água.
O turista foi salvo pelo bombeiro por meio de uma moto aquática da corporação. Após resgatar o francês, o sargento retornou ao mar para buscar os equipamentos da prática esportiva e não regressou no tempo previsto. Em seguida, outros bombeiros iniciaram as buscas e pediram apoio.
A distância entre a praia principal de Jericoacoara e Tatajuba, em Camocim, em linha reta, é de 21,3 quilômetros. Jericoacoara é um dos principais destinos turísticos do Ceará.
“A pipa enroscou na turbina da moto aquática, o que ocasionou a sua deriva. Aguardei e, ao observar que estava se distanciando ainda mais da costa, abandonei a moto aquática, por volta das 21h, e nadei até a terra firme, por volta da 1h30 da madrugada”, disse o sargento Jairo, em nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros.
“Ao chegar em terra, andei até chegar em uma casa, me identifiquei, pedi apoio, liguei para minha mãe, avisei que estava tudo bem e logo em seguida avisei o Posto de Guarda Vidas de Jericoacoara”, contou.
Ainda conforme o Corpo de Bombeiros do Ceará, o agente está bem.
A Capitania dos Portos da Marinha do Brasil participou das buscas ao bombeiro utilizando duas embarcações. Proprietários de barcos no local também participaram de forma voluntária.