Servidores e empresários são alvo de operação que investiga venda ilegal de túmulos em Caldas Novas

Na prática, investigados retiravam cadáveres das covas para que espaços fossem revendidos

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Cemitério público em Caldas Novas
Cemitério público em Caldas Novas, Goiás. (Foto: Divulgação/MPGO)

A Operação Anúbis do Ministério Público de Goiás (MPGO) cumpriu, na manhã desta terça-feira (04), um mandado de prisão e oito de busca e apreensão contra servidores públicos de Caldas Novas suspeitos de comercializarem clandestinamente túmulos nos cemitérios da cidade.

Na prática, os investigados são suspeitos de retiravam os cadáveres das covas para que os espaços fossem revendidos de forma ilegal, sob a cobrança de uma taxa.

Segundo o MPGO, as ações tiveram como alvo ex-funcionários de repartições públicas do município e um empresário do segmento funerário.

A operação conta com a participação de sete promotores de Justiça, um delegado e o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI-MPGO) e da Polícia Militar (PM).

Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura de Caldas Novas afirmou que a ação foi deferida a partir de documentos enviados pela própria Administração Municipal que “determinou a instalação imediata de uma sindicância para apurar denúncias praticadas pela gestão anterior”, após tomar conhecimento do caso.

De acordo com o órgão, devido à “gravidade dos fatos”, todos os servidores do cemitério foram exonerados.

Leia a nota na íntegra:

Em razão dos questionamentos sobre a ‘operação do Ministério Público nos Cemitérios Municipais, contra ex-servidores públicos do Município”, a Prefeitura Municipal de Caldas Novas vem a público esclarecer que:

1) A ação do Ministério Público de Goiás, que acontece em Caldas Novas nesta terça-feira, 04, tem como alvo apurar a prática (de venda clandestina de jazigos nos cemitérios públicos da cidade, bem como a cobrança ilegal de taxas) promovidas por ex-servidores públicos, na gestão passada.

2) Cumpre esclarecer ainda que, a referida ação foi deflagrada justamente a partir de documentos enviados pela atual administração municipal, que, ao tomar conhecimento, determinou a instalação imediata de uma sindicância para apurar denúncias praticadas pela gestão anterior.

3) Afirma ainda, que a partir dessa sindicância instaurada pelo Município, e por entender a gravidade dos fatos, todos os servidores do cemitério foram exonerados.

4) Confirma ainda, que a Procuradoria-Geral do Município acompanha e colabora com toda a ação promovida pelo Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar.

 

 

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