O que já se sabe sobre bebês que morreram e foram trocados em Luziânia

Após um reconhecimento errôneo, um dos fetos chegou a ser encaminhado para a funerária e enterrado logo em seguida pela família errada

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
O que já se sabe sobre bebês que morreram e foram trocados em Luziânia
Mãe recebeu a notícia que bebê havia sido trocado pouco tempo depois do erro (Foto: Arquivo pessoal/Jhonatan Freire)

Uma jovem mãe, de 24 anos, foi até o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), em Luziânia, para pegar o corpo do filho e dar um enterro digno, na manhã desta terça-feira (24). No entanto, ao chegar, descobriu que o bebê já havia sido levado e enterrado por outra família apenas poucas horas antes.

Às 08h, Tamires Oliveira Santos foi até o local para buscar o corpo do filho, Thaylor Gale, mas foi informada que precisava das certidões de nascimento e óbito. Com isso, voltou para casa e retornou ao SVO, já com os documentos, por volta das 10h.

Então, recebeu a notícia chocante. Isso porque, neste momento, descobriu que outra família já havia o levado.

Duas horas antes, por volta do mesmo horário que Tamires esteve no local, outra mãe foi até o SVO para conseguir a liberação do corpo do filho natimorto. Ela reconheceu o bebê e prosseguiu com o enterro. A mulher viu o feto por meio de um vidro e, por conta do tamanho, teve certeza que era o filho dela.

Após a liberação, a funerária já preparou o caixão e a família seguiu direto para o cemitério. Somente após chegar em casa que foram informados sobre o erro.

O filho de Tamires havia falecido no sábado (21), com 7 meses de gestação, no Hospital Estadual de Luziânia, poucas horas depois de nascer. Já o outro bebê era natimorto, e, como tinham tamanhos parecidos, foram confundidos.

Em entrevista à TV Anhanguera, o diretor do SVO, Douglas Westphal, afirmou que o reconhecimento é feito apenas visualmente.

“É muito mais simples quando é adulto, porque adulto você já tem o convívio e tudo mais, já conhece a pessoa. Mas duas crianças de 1,3 kg, mais ou menos, nascidas na mesma época, uma nasce morta e outra morre logo que nasce, a característica delas é muito parecida”, disse.

Diante da troca, a mãe registrou uma denúncia formal e aguarda as devidas providências para a recuperação do corpo do filho.

O Portal 6 entrou em contato com a família de Thaylor Gale e obteve retorno, mas, por causa da turbulência dos últimos dias, não tiveram condições de dar entrevista.

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