Mistério sobre morte de bebê de 4 meses após diversas idas ao hospital revolta familiares em Rio Verde

Òbito aconteceu neste domingo (05), quando o pequeno sofreu duas paradas cardíacas e acabou não resistindo

Samuel Leão Samuel Leão -
Mistério sobre morte de bebê de 4 meses após diversas idas ao hospital revolta familiares em Rio Verde
Hospital Materno Infantil de Rio Verde. (Foto: Washington Oliveira/Divulgação)

Descaso e impotência. Após levar o bebê quatro vezes para uma unidade hospitalar, recebendo diagnósticos alternados e que não resolviam o problema, esses foram os sentimentos que restaram para uma família, que perdeu um bebê, de apenas 4 meses.

A morte aconteceu neste domingo (05), por volta das 16h, após ele sofrer duas paradas cardíacas e não resistir. Apesar do desfecho trágico, a luta pela vida da criança já ocorria, em idas em vindas ao hospital, desde o começo de abril.

Peregrinação

Na primeira ida à unidade, ele foi levado pela mãe com sintomas gripais, apresentando dificuldade para respirar. O médico de plantão na data afirmou se tratar de uma virose – receitando dipirona, soro e liberando o bebê.

Eles foram para casa, mas o pequeno continuou a piorar. No dia 17 de abril foram novamente para o hospital, onde outro médico disse que seria uma gripe mais grave e receitou aerossol, inalador e antibióticos para tratá-lo. Assim, outra vez voltaram para casa.

O problema era que o bebê continuava com os sintomas, que se agravavam, apresentando cansaço, tosse forte e recusando a se alimentar. Resistiram, então, por duas semanas, até o dia 03 de maio, quando fizeram o terceiro retorno ao hospital.

Daquela vez, foram realizados raio-x e exames de sangue, os quais apontaram que Ravi estaria com o pulmão manchado. O diagnóstico, dessa vez, conforme a família, foi bronquiolite.

Novamente foram receitados antibióticos para serem aplicados via aerossol, com remédios para limpar o pulmão do pequeno. Aplicaram medicamentos na manhã seguinte, em casa, mas às 21h o bebê continuava mal, começando a ter febre e vomitando tudo que ingeria.

Internação

Foram, pela quarta e última vez, para o hospital, onde outro médico recomendou a internação. Apesar dos cuidados prestados, a mãe alegou que ele continuou piorando, chorando e aparentando estar sentindo dor.

Ofegante, chorando e babando muito, ele passou a receber soro, após insistência da avó, já neste domingo (05). Após colocar uma máscara de oxigênio na criança, ela teria tido uma queda nos batimentos cardíacos, começou a roxear e foi entubada.

Nesse ponto teria ocorrido a primeira parada cardíaca, momento em que a avó foi retirada da sala, e foi realizada a ressuscitação. A criança retornou, mas cerca de 30 minutos depois teve a segunda parada.

A partir daí os familiares foram chamados para uma sala, acompanhados de policiais, onde foram informados do falecimento da criança. Eles então pediram para velar o corpo, mas foram informados que o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) já o teria recolhido, sem autorização prévia dos responsáveis.

Desconfiados com toda a situação, eles decidiram ir até uma delegacia e relatar toda a  jornada que viveram, até chegar nesse desfecho trágico. Desolados com a perda, eles agora esperam que as condições da morte sejam esclarecidas e, caso hajam culpados pela fatalidade, que sejam responsabilizados.

Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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