Auxiliar de serviços gerais leva tapa na bunda de gerente de loja e dono diz que vai avaliar quem será demitido

Homem ainda teria segurado os próprios órgãos genitais e chamado mulher de gostosa

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Auxiliar de serviços gerais leva tapa na bunda de gerente de loja e dono diz que vai avaliar quem será demitido
Avenida Aurelino Caetano Machado, em Brazabrantes. (Foto: Reprodução/ Google Street View)

A realização de uma limpeza de uma geladeira se transformou em um momento de constrangimento e medo para uma auxiliar de serviços gerais, de 42 anos. Isso porque no momento do serviço ela foi surpreendida com um tapa na bunda por parte do gerente da empresa. O caso foi denunciado em uma delegacia da Polícia Civil (PC) na última quinta-feira (27), em Brazabrantes.

Em depoimento, a mulher afirmou que trabalha no comércio há 04 anos e que, já há alguns meses, tem notado olhares diferentes por parte do suspeito, mas que, mesmo constrangida, optou por não comentar a percepção com ninguém.

A situação teria chegado ao estopim na manhã do dia 20 de junho, no momento em que a funcionária estaria limpando a sala do suspeito.

Em um dado momento, o homem se aproximou e pediu para que ela limpasse a geladeira do local. Mas, ao se abaixar, ela então teria recebido o tapa nas nádegas.

Assustada, a vítima se levantou e solicitou para que o gerente a respeitasse. O pedido não foi acatado pelo suposto autor que, logo na sequência, apalpou o próprio órgão genital e disse: “Gostosa! Você não tem vontade de ficar comigo”.

Com medo, ela deixou o ambiente às pressas e procurou o dono da empresa para relatar a situação. Em resposta, ele pediu para que ela entrasse novamente na sala e gravasse o momento em que o gerente a importunava – o que foi cumprido pela vítima.

Mesmo com as gravações, o dono da empresa não se posicionou a respeito dos fatos, afirmando que a profissional não tinha provas suficientes do que ocorreu.

Já no dia em que prestou a denúncia, a auxiliar entrou em contato com o proprietário do comércio que a informou que estaria avaliando qual dos dois funcionários demitiria, ela ou o suspeito, na semana subsequente.

Dentro da própria residência, a profissional estava escutando os áudios registrados – em que aparecia pedindo que o homem cessasse as investidas – quando o marido dela escutou parcialmente as gravações e a questionou sobre o que estaria ocorrendo.

Ao informar toda a situação, o companheiro dela deixou a residência, encontrou o suspeito ingerindo bebidas alcoólicas dentro de um supermercado e o agrediu fisicamente.

Por não ter tido nenhum respaldo por parte do dono da empresa e por se sentir constrangida no local de trabalho, ela decidiu prestar uma denúncia contra o gerente.

De acordo com ela, há suspeitas de que o profissional também assediava outras funcionárias, mas que as demais vítimas não tinham coragem de registrar uma ocorrência contra ele com medo de perderem o emprego. O caso deve ser investigado pela PC.

 

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