Saiba quem era goiana que morreu com facada no pescoço nos EUA

Principal suspeito do crime é o namorado, que já havia sido preso por ter a agredido outras vezes e segue foragido

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Elidênia Jorge da Silva já havia relatado situações de agressão por parte do namorado. (Foto: Arquivo pessoal/Família)
Elidênia Jorge da Silva já havia relatado situações de agressão por parte do namorado. (Foto: Arquivo pessoal/Família)

Morta e com sinais de facadas no pescoço. Assim, parentes de Elidênia Jorge da Silva encontraram a mulher, de 49 anos, no apartamento em que ela morava, na última quinta-feira (04).

A brasileira, natural de Morrinhos, região Sul de Goiás, morava há pelo menos seis anos em Richmond, nos Estados Unidos, e há quatro anos trabalhava como diarista.

Ela teria sido assassinada há pelo menos dois dias antes do corpo ser encontrado, quando um sobrinho pulou uma janela e a encontrou já em estado de decomposição.

Os parentes de Elidênia começaram a suspeitar do sumiço da diarista na segunda-feira (1º), quando foi registrado o último sinal no celular, às 22h. Contudo, só foram atrás na quinta-feira (04).

Uma vizinha ouviu um grito vindo da residência na terça-feira (02), o que levantou suspeitas de que a brasileira havia sido morta neste dia.

O principal suspeito do crime é um homem, também brasileiro, de 43 anos, que mantinha uma relação complicada com a vítima.

“No início ele fazia tudo pela tia, levava em jantares, incentivava a ficar bem arrumada, ir para a academia. Depois que a tia estava envolvida, começaram as violências domésticas. Fortalecia na cabeça dela que ela seria muito bem cuidada e amada. Que ela não tinha e nunca teve ninguém que fazia as coisas por ela”, contou Monyelle Vieira de Lima, sobrinha da mulher, em entrevista ao O Popular.

Segundo a familiar, o casal se conheceu após Elidênia alugar um dos quartos de casa para o suspeito, prática comum nos Estados Unidos.

No entanto, pouco depois de um mês morando no local, eles iniciaram um namoro, o que resultou em uma mudança para outro apartamento, onde morariam juntos.

Lá, as agressões não pararam mais, com a vítima tendo até mesmo relatado algumas situações para a família, que decidiu fazer uma denúncia. Em uma destas vezes, o companheiro chegou a ser preso, mas foi solto logo em seguida.

“Ele ameaçava a família de morte, ameaçava ela, mas depois voltava a ser um amor de pessoa. Inclusive, começou a frequentar igreja após esse ocorrido da prisão”, relatou Monyelle.

O suposto autor, por sua vez, se encontra foragido desde o dia do ocorrido.

Investigação

Em nota, a Polícia Federal informou que “é preciso saber se vai haver algum pedido de apoio, cooperação jurídica ou, até mesmo pedido de difusão na lista da Interpol, o que, até o presente momento, não aconteceu”, a fim de tentar localizar o homem.

Já o Itamaraty negou divulgar possíveis informações sobre o caso, alegando o direito à privacidade: “O Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”. Além disso, foi dito que o Consulado-Geral do Brasil em São Francisco permanece à disposição para prestar assistência consular necessária e apoio aos familiares.

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