6 empreendimentos sustentáveis em Goiás que estão fazendo a diferença ambiental

Fazendas com workshops e cursos, associações de povos tradicionais e também grandes empresas integram a lista

Samuel Leão Samuel Leão -
Pousada Santa Branca
Imagem mostra parte da pousada Santa Branca. . (Foto: Divulgação/ Pousada Santa Branca)

Dentre as milhares de empresas ativas em Goiás, são poucas as que buscam, ativamente, fazer a diferença no contexto ambiental e deixar impactos positivos para as comunidades circundantes. Em um estado cujo bioma – o Cerrado – é considerado o mais ameaçado do país, atitudes que pensem “fora da caixa” têm potencial para ganhar destaque no futuro.

Pensando nisso, o Portal 6 preparou um levantamento com 6 empreendimentos que merecem destaque por buscarem uma contrapartida para a natureza e, consequentemente ou diretamente, para a população goiana.

Ecovila Santa Branca

Entre Anápolis e Goiânia, uma fazenda se destaca por possuir uma grande estrutura para a recepção de turistas, adaptada para não causar danos ao meio ambiente que ali existe. Batizada de Ecovila Santa Branca, a unidade dispõe de diversos atributos que são tendências sustentáveis, como a prática da bioconstrução e a permacultura.

Se valendo de matérias-primas naturais, o ambiente é composto por chalés e casas que se mesclam à natureza, em meio a cultivos que buscam funcionar durante todo o ano, através da associação de plantas que se ajudam e aproveitando os atributos que o próprio cerrado oferece.

Voltada para o Ecoturismo, a Santa Branca também oferece diversas palestras, workshops e eventos com práticas sustentáveis e conscientização sobre a importância dos cuidados com a natureza.

Associação Quilombo Kalunga

Quilombo Kalunga. (Foto: Fábio Tito/G1)

Unindo a preservação da comunidade quilombola remanescente na região de Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros, a Associação Quilombo Kalunga se destaca como um empreendimento que une a sustentabilidade ao sustento dos integrantes do grupo, que carregam a história dos ancestrais africanos que vieram ao Brasil.

Em 2021, a comunidade recebeu um título internacional da Organização das Nações Unidas (ONU), se tornando parte dos Territórios e Áreas Conservadas por Comunidades Indígenas e Locais (TICCA). A área tem cerca de 300 anos de ocupação e é preservada pelos locais, que vivem de acordo com as tradições dos antepassados.

As casas são feitas em barro com telhados de palha, e diversos cultivos – como o fumo – permanecem sendo praticados pelos integrantes. Além disso, a comunidade também trabalha com visitações em cachoeiras e trilhas da região, o que funciona como uma fonte de renda aos quilombolas e possibilita a conscientização de turistas, através dos conhecimentos tradicionais.
Parqville Figueira

Parqville Figueira. (Foto: Wesnauton Costa)

Com previsão de entrega em 2025, o Parqville Figueira é um condomínio horizontal previsto para ser lançado em 2025, em Aparecida de Goiânia. Faz parte de uma rede que já possui outras três unidades pelo país e conta com diversos recursos sustentáveis.

Dentre as inovações está uma agrofloresta, mesmo com o empreendimento sendo implantado na região metropolitana, e também uma fazenda urbana, gerida por um funcionário, mas também aberta para os moradores utilizarem. A expectativa é que sejam produzidas 100 cestas com alimentos orgânicos por dia.

Por fim, o espaço, com 113.000,00 mil m² apenas de área verde, também vai contar com os chamados “jardins de chuva”, pensados para captar a água para ser reaproveitada, e também ciclovias.

Hypera Pharma

Uma das grandes indústrias farmacêuticas instaladas em Goiás, a Hypera Pharma dispõe de iniciativas que a proporcionam o título de sustentável. Uma delas é a “Recicle – gestão de descarte de resíduos”, implantada para lidar com todo o lixo produzido pela empresa.

A Brainfarma, instalada em Anápolis, também faz parte do grupo e caminha na mesma direção. Nela, foi criado o programa “Ações Climáticas”, que visa lidar com impactos e com a adaptação da realidade local para mitigar as consequências para a população. Atualmente, o projeto está realizando o reflorestamento das margens da nascente do rio Caldas, no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).

Ambos os projetos foram selecionados pelo programa Goiás Sustentável 2024, seleção promovida pelo Governo de Goiás para fomentar empreendimentos que apresentem projetos voltados para a conservação e a harmonia com o meio ambiente, buscando contribuir socialmente.

Triunfo Concebra

Carro elétrico pioneiro da Triunfo Concebra. (Foto: Divulgação)

Responsável pela gestão das rodovias BR-060 e BR-153, em Goiás, a Concessionária Triunfo Concebra inovou ao implantar uma iniciativa sustentável para realizar o monitoramento das vias. O projeto foi intitulado “Eletromobilidade”.

Basicamente, a empresa foi a pioneira no estado a utilizar um veículo elétrico para realizar rondas pelas estradas – 24 horas por dia e 07 dias por semana. O carro, com autonomia de 400 km, fica em constante movimento, de modo a garantir a chegada em menor tempo possível aos condutores e casos que necessitarem de apoio.

Por se tratar de um veículo elétrico, o tráfego constante emite menos CO2 e outros poluentes que no caso de automóveis movidos por combustíveis fósseis.

Foi implementado pela primeira vez em maio de 2023, e o projeto também recebeu o reconhecimento do prêmio Goiás Sustentável.

Sítio Boca do Mato

Sítio Boca do Mato. (Foto: Divulgação)

Produtores de variadas polpas, geleias e molhos, o Sítio Boca do Mato se destaca por vários atributos. O principal deles é o enriquecimento de matérias-primas típicas do Cerrado, como o pequi e o baru, tornadas em diversos produtos distribuídos pelo país.

No interior de Goiás, a unidade produtiva do grupo fica na cidade de Mambaí, e a equipe é composta majoritariamente por mulheres. Além do cuidado com o meio ambiente, que também fornece matéria-prima para o empreendimento, elas lançaram o projeto “Viva o Cerrado Vivo”.

A proposta foi um dos destaques do estado e acabou sendo agraciada com o prêmio Goiás Sustentável, em 2024. Com um olhar sensível para o bioma, a iniciativa ajuda produtores locais com treinamentos e equipamentos para produtores locais atuarem com frutos, castanhas e plantas regionais diversas.

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