Mais de 80 servidores convocados para assumir cargos na Educação são suspeitos de apresentar diplomas falsos em Goiânia

De acordo com pasta, apuração começou após deslize de uma candidata

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Sede da Secretaria Municipal de Educação (SME) em Goiânia. (Foto: Luiz Fernando Hidalgo / Secom).

O andamento de um processo seletivo simplificado para contratação de servidores para atuar em escolas trouxe a tona um esquema de fraudes, após a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia descobrir que 82 pessoas convocadas apresentaram diplomas de conclusão do Ensino Médio com indícios de ilegalidade.

A situação está sendo investigada pela Polícia Civil (PC) e ocorreu durante a convocação de temporários, que iriam cobrir efetivos que entrariam de licença, na vaga de agente de apoio educacional, com atuação na portaria, cozinha ou limpeza das instituições. 

De acordo com a SME, a descoberta surgiu quando uma candidata demonstrou insegurança ao ocupar o cargo após ser aprovada na seleção – que contou com apenas uma etapa, sendo ela a análise de documentos e experiências profissionais dos candidatos. 

Inicialmente, ela afirmou não ter o diploma de conclusão do Ensino Médio, mas apareceu com o documento no dia seguinte- o que levantou a suspeita. 

Uma coordenadora regional pediu para conversar com a candidata que, no fim, teria confirmado que o papel não era verdadeiro e que não tem a formação escolar. 

Com isso, a SME analisou a documentação de todos os candidatos selecionados no processo seletivo com formação na mesma escola e constatou a possibilidade de fraude. Os diplomas afirmam que os 82 servidores concluíram a formação na Escola Estadual Deputado José Luciano, em Goiânia.

Segundo a secretaria, apesar dos cargos não exigirem a escolaridade, aqueles que apresentaram o diploma pontuaram mais que outros, obtendo vantagem na classificação. 

Um ofício foi enviado pelo órgão para a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), para investigação.

Embora as falsificações ainda não tenham sido atestadas pela PC, a SME afirma que os candidatos confirmaram a ilegalidade. O órgão ressalta que vai analisar se é necessário fazer a convocação de novos servidores. 

Os contratos de trabalho dos envolvidos foram rescindidos até que a veracidade dos documentos seja atestada. 

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