Estudantes da APAE Anápolis conquistam aprovação em vestibular: “que nossa trajetória inspire muitos”

Victor começou a receber atendimento na instituição aos 06 meses de vida e Adriana aos 07 anos. Agora, juntos, comemoram a aprovação

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Victor e Adriana pretendem promover a inclusão por meio do esporte (Foto: Reprodução)
Victor e Adriana pretendem promover a inclusão por meio do esporte (Foto: Reprodução)

Victor Augusto Araújo Gonçalves Holanda, de 25 anos, e Adriana Nunes Ribeiro, de 33 anos, são os novos exemplos de superação e inclusão educacional. Alunos da APAE Anápolis, ambos foram aprovados no vestibular para o curso de educação física da UniEVANGÉLICA.

Ambos começaram as jornadas na APAE. Victor, quanto tinha apenas 06 meses de vida, teve o primeiro contato com a instituição para receber tratamento de fisioterapia e fonoaudiologia. Já Adriana foi encaminhada aos 07 anos, após uma orientação da escola – uma vez que apresentou um desenvolvimento diferente das demais crianças.

Desde então, os dois trilharam caminhos de dedicação. Aos 10 anos, Victor começou a frequentar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e, aos 16, passou a participar do programa de Formação Inicial para o Trabalho (FIT) e da Educação de Jovens e Adultos (EEJA).

Hoje, além de ter conquistado a vaga no ensino superior, trabalha no SICOOB por meio do programa de emprego da APAE e desempenha a função de autodefensor da APAE Anápolis, cargo que representa os interesses dos assistidos. Não contente, o jovem buscou alçar voos mais altos e também atua como autodefensor estadual e suplente da autodefensoria nacional.

Adriana, por sua vez, após ter sido encaminhada à APAE, desenvolveu a autonomia e habilidades de forma que foi reintegrada à rede regular de ensino. Então, em 2020, retornou à instituição anapolina como participante do EEJA. Ela, que também atua como autodefensora em prol da instituição, é integrante do Programa ao Longo da Vida e é voluntária na escola.

Aprovados em educação física, os estudantes pretendem proporcionar a inclusão por meio do esporte.

“Que a nossa trajetória inspire não apenas outros alunos da APAE, mas também toda a comunidade, mostrando que, com dedicação e amor, é possível superar desafios e alcançar grandes realizações”, apontou Victor.

Dedicação de todos

De acordo com a professora, mediadora do Projeto de Alfabetização e monitora do projeto de autodefensoria da APAE Anápolis, Maria Lucilene da Silva, as vagas foram conquistadas a várias mãos – não só dos alunos, como também dos profissionais que acreditaram e se dedicaram. Para Adriana, essa foi a chave para o sucesso.

Maria Lucilene explica que a instituição oferece uma abordagem especial, com estratégias diferenciadas que atendem às especificidades de cada aluno. Com isso, é possível desenvolver as habilidades individuais.

“A instituição oferece uma matriz curricular voltada para as especificidades dos estudantes, valorizando as habilidades e potencialidades de cada um. A equipe é formada por profissionais dedicados do Estado de Goiás e do município de Anápolis, que trabalham em conjunto para oferecer um ensino adaptado às necessidades de cada aluno”, disse a professora.

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