Solteiros e comprometidos: goianos adeptos do Swing revelam segredos da prática de ‘troca de casais’

Atividade tem se popularizado entre casas noturnas e moradores da capital

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Casa de swing em Goiânia. (Foto: Reprodução/ Boate tropical)
Casa de swing em Goiânia. (Foto: Reprodução/ Boate tropical)

A sensação de liberdade – sem a existência de tabus – é um dos fatores apontados por alguns moradores de Goiânia que decidiram fugir do tradicional e optaram por apostar em uma prática diferente quando o assunto é sexualidade: o Swing.

Definida como sendo, literalmente, uma “troca de casais”, a atividade consiste quando uma dupla procura outra ou até mais pessoas para realizar sexo grupal. 

O Swing pode ser organizado tanto em reuniões informais, realizadas pelos próprios interessados, como também é oferecido por alguns clubes noturnos que cobram uma determinada quantia para aqueles que desejarem entrar no local e conhecer um pouco mais.

Por meio da indicação de um amigo foi que Daniele, nome fictício, acabou conhecendo um estabelecimento que dispõe da prática e resolveu experimentar. 

Em entrevista ao Portal 6, a moradora de Goiânia conta que foi convidada pelo colega para ir até uma determinada boate de Swing na capital, em 2021, mas afirma que o apreço pela atividade não foi instantâneo. 

“A primeira vez eu não gostei do ambiente e não estava aberta a qualquer experiência. Nas idas seguintes em outras boates foi que gostei dos ambientes, dos shows de strippers e da liberdade diferente das boates tradicionais”, diz. 

Somente um ano após conhecer a maioria das boates que oferecia a prática e se sentir à vontade é que Daniela decidiu experimentar o que ela define como “Meio Liberal”. Os valores, segundo ela, são na média de R$ 200 (casal), R$ 80 (mulher) e R$ 400 (homem). 

“É um lugar que cada um pode fazer o que quiser e todos te respeitam. Existem quartos que são fechados, quartos com janela transparente para outras pessoas assistirem e existe também um quarto grande e aberto onde várias pessoas podem interagir ou para se exibirem. Tem todos os aspectos positivos como: liberdade, realização de fetiches e desejos, relacionamentos mais sinceros sem traição e mentiras”, diz. 

Quem também aderiu à prática foi Bianca, também fictício, que, assim como Daniele, embarcou na onda e é adepta a modalidade há 10 anos. 

À reportagem, ela conta que conheceu a atividade ainda quando estava com um ex -companheiro, que havia apresentado o “meio liberal”. Mesmo engatando em uma nova relação, em que está há 02 anos, ela revela não ter aberto mão de certos hábitos e que, inclusive, utiliza a prática para apimentar a relação. 

Eles, porém, preferem uma abordagem mais discreta, sendo os clubes o alvo chave para que eles encontrem as companhias que desejam e, posteriormente, migrem para outro local. O valor para o casal é em média de R$ 130. 

“Gostamos de ter outras coisas para apimentar nosso relacionamento. No nosso caso curtimos menage feminino, então sempre vamos em casa de Swing. Quando gostamos de alguma menina, procuramos conversar, se caso ela aceite, vamos para o motel os 3. “, diz. 

De acordo com Bianca, as idas até o local não são esporádicas e acontecem regularmente, até mesmo duas vezes durante uma única semana. Mas há uma regra: só pode se ambos estiverem juntos. 

“Sempre vamos juntos, só praticamos juntos. […] O Swing, para o nosso relacionamento, reacendeu um fogo diferente entre nós. Somos um casal que deixamos claro que ele é hétero e eu bi. Então, sempre vamos à procura de mulheres solteiras bi. Quando achamos geralmente gostamos de ir para um quarto reservado para ter nosso momento”, destacou. 

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