Entenda como goianos podem garantir bolsas de estudo internacionais

Consultora aponta quais passos estudantes devem seguir para alcançar o sonho de uma educação internacional

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Bruna Guedes, 23 anos, estuda comunicação e cinema em espanhol na Wellington College, nos Estados Unidos (Foto: Arquivo pessoal)

Buscar uma bolsa de estudo internacional pode ser um caminho desafiador, especialmente para estudantes goianos que enfrentam barreiras como a falta de conhecimento e condições financeiras. Ao Portal 6, Gabrielle Hayashi Santos, consultora em educação internacional, apontou como superar esses desafios e obter uma bolsa de estudo.

Bruna Guedes, de 23 anos, sempre sonhou em estudar fora do Brasil. “Eu sempre quis estudar fora, desde pequenininha, muito por causa de High School Musical. Eu via a Gabriella Montez e o Troy Bolton tendo várias atividades extracurriculares e eu também queria”, conta Bruna à reportagem.

No entanto, ao descobrir os altos custos envolvidos, ela percebeu que um intercâmbio no ensino médio seria inviável. “Eu e minha mãe até chegamos em uma agência de intercâmbio em Goiânia e vimos que era fora da realidade financeira da nossa família”.

A mudança de perspectiva ocorreu quando Bruna assistiu a um vídeo da Bruna Vieira no YouTube, onde a aluna de Stanford, Georgia Gabriela, falou sobre como conseguir uma bolsa de estudo nos Estados Unidos (EUA), apesar de vir de uma realidade financeira difícil.

“Então pensei, se ela consegue, também consigo. Nisso, ela falou de um grupo no Facebook de brasileiros que estavam aplicando para fazer graduação nos Estados Unidos. Lá eu aprendi praticamente tudo que eu precisava saber”.

De acordo com a especialista em bolsas de estudos internacionais, Gabrielle Hayashi Santos, o desafio enfrentado por Bruna é comum. Já a escolha por ampliar o conhecimento sobre o assunto e pesquisa prévia foi o ponto decisivo, que deve ser replicado por todos que desejam estudar fora.

“Para saber as bolsas disponíveis, a plataforma mais simples é o Google, pesquisando bolsas de estudo para o exterior. Além disso, identificar as universidades e verificar as bolsas oferecidas também é crucial”, destacou.

“Utilize as ferramentas que temos à disposição, identifique as bolsas que se encaixam no perfil do aluno, como estágio, mobilidade acadêmica, curso de verão e inverno, graduação… Conheça seu objetivo de carreira e prepare-se adequadamente”, disse a consultora.

Entre as bolsas de estudo mais visadas estão o Erasmus Masters Degree na Europa, a bolsa MEXT no Japão, GKS na Coreia do Sul, Vanier no Canadá e Fulbright nos EUA. “São bolsas ‘full ride’, que cobrem todos os custos, incluindo moradia, transporte, alimentação, auxílio para visto, matrícula e mensalidade.”

Após intensa pesquisa, que começou quando Bruna ainda estava no nono ano do ensino fundamental II, ela se candidatou e conseguiu a Peter Drucker Scholarship na Wellington College (EUA) – uma bolsa de mérito por candidatura de alta qualidade -, e uma bolsa complementar de necessidade financeira.

O primeiro ano foi uma cobertura completa dos gastos, o ‘full ride’, e agora a bolsa cobre a mensalidade. Hoje, ela estuda comunicação e cinema em espanhol.

Para as bolsas com desconto, Gabrielle destaca que elas são mais comuns na Europa. “Muitas vezes, são buscadas dentro da Europa. Isso porque, diferente dos EUA, onde os custos de estudo são muito altos, na Europa, os custos podem ser mais baixos ou até mesmo gratuitos, com pagamento apenas da matrícula.”

Com diversas opções disponíveis, Gabriella e Bruna reforçam que estudar fora é possível, com o devido esforço e preparo.

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