Conheça a origem dos perfumes que prometem afastar chifre, trazer emprego e apimentar relações de casais em Goiânia

Produtos fazem sucesso no Pará e têm ganhado espaço entre goianos, que procuram formas de realizar desejos de forma mais eficaz

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Perfumes prometem realizar desejos. (Foto: Divulgação/Pai D’Égua Culinária do Pará)
Perfumes prometem realizar desejos. (Foto: Divulgação/Pai D’Égua Culinária do Pará)
“Chupa, mas não morde”, “Desencalha, amiga”, “Chama mulher rica” e “Pega pomba”. Esses títulos peculiares, apesar de curiosos, na verdade, escondem um poder especial nos chamados “perfumes mágicos”.

Tradicionais do Pará, essas iguarias envoltas em misticismo são baseadas em receitas passadas de geração em geração, que incluem óleo de andiroba, copaíba e jiboia branca, além de ervas como arruda e manjericão nas composições.

Essas fórmulas, que já conquistaram o Norte do Brasil, vêm ganhando espaço em outras regiões do país, como em Goiás, onde restaurantes voltados à cultura paraense têm se especializado nesses produtos.

Um exemplo é o Pai D’Égua Culinária do Pará (@paideguaculinariadopara), estabelecimento localizado em Goiânia, cujos “perfumes de desejos” têm sido o carro-chefe do local.

Importados diretamente do clássico Mercado Ver-o-Peso, em Belém (PA), esses aromas prometem realizar desde as fantasias mais profundas até as ambições mais imediatas, como o “Talismã do Emprego”, dedicado aos desempregados.

Catarina Carneiro, sócia do restaurante, explicou que os produtos são produzidos artesanalmente no mercado paraense.

“Os perfumes atraem muitos clientes. A história deles é repleta de segredos e misticismo do Pará, o que chama a atenção dos goianos. Aqui em Goiânia, vendemos com frequência. Muita gente compra para amigos, família e para si mesmo. É uma espécie de simpatia para trazer boa sorte”, disse, animada.

Apesar da mística envolvida em torno das fragrâncias, há quem diga que elas funcionam muito bem, como uma moradora da capital goiana, que preferiu não se identificar.

“Era janeiro de 2016, e eu estava em Marabá, em uma viagem. Passei por uma loja de perfumes e fui abordada por uma vendedora super animada. Ela me apresentou o ‘chama homem’ e me convenceu de que ia dar certo”, contou.

“Acabei comprando. Três meses depois, conheci meu marido. Coincidência ou não, deu certo. Estamos juntos há oito anos”, completou.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade