Infectologista alerta sobre riscos da dengue tipo 3 em Goiás
Primeira morte pela doença foi registrada no estado. Outros 3293 casos da doença foram confirmados


Com as chuvas, problemas de saúde pública cíclicos retornam à Goiás. Com o registro da primeira morte por dengue em 2025, a Secretaria do Estado de Saúde (SES-GO) emitiu um alerta para a população.
Segundo a pasta, já foram confirmados 3293 casos da doença, e eles ainda contam com um agravante – a presença do sorotipo 3. Dentre as 4 variedades, ela é considerada a mais letal devido à falta de anticorpos específicos para ela na população.
Segundo o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), as cepas são todas capazes de causar sintomas como febre alta, dores musculares intensas, cefaleia e manchas vermelhas na pele.
Também é possível, em alguns casos, que a infecção se apresente de maneira assintomática. A médica infectologista Mariana Roriz, que atua pelo hospital, pormenorizou a razão dos riscos do tipo 3.
“O que preocupa em relação ao tipo 3 é que grande parte da população está suscetível a ele, já que muitos tiveram dengue pelos sorotipos 1 ou 2. Quando ocorre uma nova infecção por um sorotipo diferente, o risco de agravamento da doença aumenta”, explicou.
Apesar da variação, a profissional reforçou que o tratamento para todas é o mesmo, de modo que são tratados os sintomas, priorizando a hidratação, e monitorando fatores como a contagem de plaquetas e o hematócrito.
Apenas no HDT, em 2024, foram registrados 341 casos confirmados de dengue, dos quais 6 resultaram em óbitos. Em 2025, foram notificados 16 casos, resultando em 3 confirmações. No âmbito estadual, a situação se avoluma, conforme o painel da SES-GO, passando dos 3 mil casos confirmados.
Em Anápolis
Em Anápolis, houve uma média de 67 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto Goiânia conta com 111 e Aparecida com 137. O cenário se intensifica em Goiás, com 302 casos no mesmo recorte populacional, Alto Paraíso também já registrou 377 e Faina teve impressionantes 2850.