De Goiás para o mundo: sócio-fundador da Milky Moo quer fechar 2025 com 1 mil franquias
Marca se tornou um grande sucesso e já conta com 620 unidades em funcionamento
Estar com 1.000 franquias em funcionamento até o final de 2025. Esta é a meta do goianiense e sócio-fundador da Milky Moo, Lohran Soares. Embora um objetivo tão otimista possa parecer de difícil realização, especialmente para uma empresa inaugurada há menos de cinco anos, o histórico de sucessos acumulados da companhia mostra que ela está, sim, apta a realizar a façanha.
Tanto é que, recentemente, a primeira unidade da Milky Moo foi inaugurada nos Estados Unidos, mais especificamente em Broward Mall, em Plantation, na Flórida, e passou a compor o quadro de 620 lojas da marca em atividade.
Em entrevista ao Portal 6, Lohran comentou sobre a expansão para o mercado estadunidense e garantiu que a intenção é fazer da empresa, com raízes goianas, se tornar um negócio global, mas que é necessário tratar o tema com bastante cautela.
“Agora, com a loja recém-inaugurada, é um momento de entender, de ver como o mercado vai aceitar, tratar com muita humildade. Até porque o Brasil não tem um bom histórico com marcas que vão para o internacional, são poucas as que vingam. Mas sim, a meta é estar ao redor do mundo”, pontuou.
A marca opera com dois modelos de negócio, os tradicionais quiosques, com o custo ao parceiro de R$ 270 mil, e também em lojas de rua, a partir de R$ 360 mil, incluindo as taxas necessárias, além de equipamento, estoque inicial e treinamento. O tempo médio para retorno do capital investido varia entre 18 a 24 meses.
Histórico de sucesso
Inaugurada oficialmente em 2020, logo no início a Milky Moo já enfrentou um desafio hercúleo. Apenas 17 dias após a abertura da primeira unidade, iniciou-se a pandemia do coronavírus.
Porém, mesmo com a calamidade global, a pequena vaquinha da marca branca, preta e rosa caiu nas graças dos goianienses e encerrou o primeiro ano já com cinco unidades abertas.
“Quando abrimos, eu tinha a pretensão de terminar o primeiro ano com 3 franquias, fechamos com 5. Em 2021, em vez de 30, foram 39. Em 2022, em vez de 60, já tinhamos 179. Em 2023 batemos 420 e no ano passado, 620”, contou.
Espírito Empreendedor
Entretanto, não foram apenas glórias e sucessos na vida de Lohran. Aos 17 anos, arrumou o primeiro emprego de fato, em uma loja de sapatos. Após um curto período de experiência, no qual liderou as vendas, resolveu abrir a própria loja de calçados, em 2008: a Sr. Lohran.
Porém, empreender mostrou-se um verdadeiro desafio. No primeiro ponto aberto, as vendas sequer cobriam o aluguel, sendo necessário tentar a “sorte” em outro ponto.
Os primeiros anos foram particularmente desafiadores, com Lohran chegando a conciliar a loja com o emprego de ambulante, vendendo cópias do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e, posteriormente, atuando como garçom no contraturno.
“Chegava em casa já de madrugada, lá pelas 02h. Não tinha dinheiro para comprar um açaí. Os vizinhos achavam que eu estava era na farra. Mas é como eu digo, para dar certo, para lucrar no seu próprio negócio, você precisa ser um fanático. Precisa ir com tudo. Não tinha plano B. Ou dava certo, ou dava certo”. E deu.
Após cinco anos batendo em ponta de faca, o esforço e persistência finalmente começaram a render. Lohran abriu uma segunda loja e passou a ter um retorno financeiro mais confortável, mas ainda com o peso de muito trabalho pesado.
“Foi em 2019, ajoelhado, amarrando o milésimo cadarço do meu milésimo cliente, que eu percebi que se eu não fizesse alguma coisa, essa seria minha vida para sempre. Para mim não dava”, contou.
Foi durante esse tempo em que ele conheceu Paulo Sérgio da Silva, cliente e também representante comercial, que viu muito potencial em Lohran e, inicialmente, se propôs a abrir mais uma unidade da sapataria, enquanto sócios. Essa ideia cresceu e se transformou. Em vez de uma loja de calçados, eles viram futuro no ramo de milkshakes.
Se uniram também à dupla Lucas Amin, filho de Paulo, e Ana Clara Alves, gastróloga e responsável pela área de desenvolvimento dos produtos.
“2019 foi um ano muito corrido. Depois que decidimos que iria ser focado em sorvetes, fui para casa, pensar nos nomes, nas cores, em como seria. Nisso, minha sobrinha deu a ideia de uma vaquinha, preto e branco. Era óbvio, era genial, e mesmo assim, não tinha no mercado”, relembrou.
Assim, deu-se início ao trabalho da identidade visual da marca, um dos maiores diferenciais da empresa. Com as cores aconchegantes e um cardápio personalizado com nomes de vaquinhas, tal qual “malhada”, “mimosa” e “pintadinha”, o negócio se destacou entre a concorrência.
“Acho que o maior diferencial da Milky Moo, além de obviamente ser a loja mais bonita de qualquer polo comercial, é que ela entra em contato com as crianças. Crianças de oito, 20, 30 e 60 anos. Ela aconchega. Tivemos clientes comemorando aniversário, pedidos de casamento. É mais do que um laço comercial, é um laço afetivo”, finalizou.
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