Não é a Mona Lisa, nem o Guernica: descubra a obra de arte mais copiada do mundo

Essa imagem foi criada no século XIX, conquistou gerações e ultrapassou fronteiras, tornando-se um verdadeiro ícone visual

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Não é a Mona Lisa nem o Guernica – descubra a obra de arte mais copiada do mundo
(Foto: Divulgação/Ann Pizzorusso)

Quando pensamos em obra de arte famosa, geralmente lembramos da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, ou do impactante Guernica, de Picasso.

Mas nenhuma dessas ocupa o primeiro lugar no ranking das mais reproduzidas.

Agora pense: o que faz uma obra de arte se tornar tão popular? Seria a fama do artista? A história por trás da imagem? Ou o simples fato dela ser esteticamente bonita e fácil de reconhecer? A resposta pode envolver um pouco de tudo isso.

Mas, no caso da campeã de cópias e reproduções, há ainda outros motivos surpreendentes.

Não é a Mona Lisa, nem o Guernica: descubra a obra de arte mais copiada do mundo

Não é a Mona Lisa nem o Guernica – descubra a obra de arte mais copiada do mundo

Grande Onda de Kanagawa – Katsushika Hokusai. (Foto: Reprodução)

A cena é simples, mas poderosa. Uma onda gigante ameaça engolir três barcos de pesca, enquanto ao fundo surge, discreto, o Monte Fuji.

Hokusai tinha 70 anos quando criou essa imagem. Ela faz parte de uma série de gravuras dedicada justamente ao Monte Fuji, símbolo do Japão.

Mas foi essa cena do mar revoltoso que virou um fenômeno. Segundo Angus Lockyer, professor de História Japonesa da Universidade de SOAS, em Londres, essa obra de arte é, na visão dele, “a imagem mais popular da nossa época”.

E por que isso? Porque “A Grande Onda” é mais do que uma gravura bonita. É um símbolo do poder da natureza e da luta do ser humano para sobreviver.

Não à toa, ela aparece em tudo quanto é lugar: em capas de celular, camisetas, quadros, tatuagens e até em embalagens.

Se você olhar ao redor, provavelmente já se deparou com essa obra de arte sem nem perceber.

Quando Hokusai publicou a imagem, por volta de 1830, o Japão ainda vivia isolado do resto do mundo.

O comércio com outros países era limitado. Só em 1859, com a abertura dos portos, é que as obras de arte japonesas começaram a circular pela Europa.

E aí aconteceu o estouro. Artistas como Van Gogh e Monet se encantaram pelas xilogravuras japonesas, principalmente as de Hokusai. E assim, “A Grande Onda” ganhou o mundo.

O impacto foi tanto que até a música entrou na onda. O compositor francês Claude Debussy se inspirou na gravura para criar a peça sinfônica “La Mer”, uma homenagem ao mar.

Hoje, quase dois séculos depois de sua criação, essa obra de arte continua impressionando.

Não é exagero dizer que “A Grande Onda sobre Kanagawa” é, possivelmente, a imagem mais copiada do mundo.

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