Mães goianas transformam maternidade em força e empreendem para cuidar das filhas

Portal 6 conversou com mulheres de perfis e jornadas diferentes, que destacaram desafios para aliar carreira e cuidado com as crianças

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Mães goianas transformam maternidade em força e empreendem para cuidar das filhas
Ruthe Paixão vende roupas e Rafaella Stivall comercializa acessórios (Foto: Arquivo Pessoal)

Este domingo de Dia das Mães é uma data a ser celebrada, claro. Pelo fato da maternidade, principalmente. Mas há um cenário em que o mérito de ser mãe é um complicador: o do acesso e permanência no mercado de trabalho formal.

O Portal 6 conversou com duas mães que contaram qual foi a saída encontrada para aliar a vida profissional ao do cuidado com os filhos, sobretudo os menores, que dependem de atenção integral.

O pensamento da escritora Ruthe Paixão e da estudante de jornalismo Rafaella Stivall converge, quando citam o que as contemplaram nessa necessidade: empreender. Ruthe comercializa roupas femininas e Rafaella vende acessórios.

Virada de chave

Ruthe, de 34 anos, classifica que a decisão de empreender no ramo de roupas femininas, sendo mãe solo da pequena Ana Sophia, de 06 anos, foi uma virada de chave. “A sociedade ainda não está preparada para lidar com mães no mercado de trabalho”, considerou.

Perguntada se há uma forma de equilibrar a maternidade com o negócio, Ruthe é enfática: “A flexibilidade”. E explica o que entende. “O olhar para o todo, somos mulheres que temos uma carreira, temos habilidades e podemos nos comprometer como qualquer outro”, citou.

Ruthe Paixão é mãe da pequena Ana Sophia, de 06 anos, além de empreender

E completa. “Se o mercado não olhar para nós com esse olhar de que somos mais do que mães, de que temos mais a oferecer, a sociedade tenderá a nos subalternizar”, continuou.

Encerrando, ela considerou o que entende como fato complicador. “O mercado olha para a mulher, eles nos colocam em uma posição ‘inferior’, e quando se trata de mulher negra, o mercado é extremamente agressivo”, finalizou.

Jornada tripla

Rafaella tem 21 anos, frequenta as aulas de jornalismo e é mãe de uma bebê – além de gerenciar a loja de acessórios.

Ela disse que cria a pequena com o apoio do namorado e que precisou passar por um período de adaptação para, mesmo com a flexibilidade de empreender, saber em que momento poderia se dedicar ao comércio.

“A gente tem que adequar as atividades de acordo com os horários do bebê. Conforme o tempo vai passando, que o bebê vai criando os próprios hábitos, aí já fica uma coisa mais previsível. Claro que são dias e dias, é, tem dia que sai conforme a gente pensa, tem dia que é completamente o contrário”, destacou.

Mãe de uma bebê, Rafaella Stivall é estudante de jornalismo, além de empreendedora (Foto: Arquivo Pessoal)

Por fim, a estudante destacou que empreender foi a saída encontrada para essa rotina complexa. “Depois que a bebê nasceu, surgiu essa urgência. Trabalhar fora seria um sacrifício desnecessário. Depois de refletir, decidi abrir a loja de acessórios, além de estudar. Não dá para trabalhar fora”, revelou.

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