Por que a Geração Z está desligando das empresas e o que pode salvá-las, segundo consultoria de RH
Pesquisa da Gallup mostra queda no engajamento dos jovens e revela o que realmente faz a nova geração ficar — ou ir embora

A Geração Z está repensando o que significa trabalhar — e o recado para as empresas é direto: não basta pagar bem, é preciso fazer sentido.
Segundo um levantamento da consultoria Gallup, o engajamento dos jovens no mercado caiu de forma preocupante, com um número crescente de profissionais procurando novos caminhos, fora dos modelos tradicionais.
O estudo analisou se os colaboradores se sentem valorizados, apoiados e com oportunidades reais de aprendizado e crescimento.
O resultado escancara uma mudança profunda: a nova geração quer propósito, reconhecimento e liberdade, não apenas um contracheque no fim do mês.
O que afasta (ou aproxima) a Geração Z das empresas
1. Reconhecimento imediato e genuíno
A Geração Z não se motiva com elogios genéricos ou atrasados.
Eles valorizam feedbacks personalizados e honestos, que reconheçam conquistas reais e demonstrem atenção verdadeira ao trabalho.
Ser visto importa tanto quanto ser recompensado.
2. Crescimento profissional transparente
Promoções e títulos já não bastam. Os jovens querem clareza sobre o futuro dentro da empresa — oportunidades de aprender, testar novas funções e ampliar habilidades contam mais do que cargos de chefia.
Um plano de desenvolvimento individual bem estruturado é o que os mantém por perto.
3. Liderança flexível e humana
Chefes autoritários estão com os dias contados. A Geração Z busca líderes que saibam ouvir, adaptar-se e comunicar com empatia.
Gestores que demonstram humanidade — compartilhando acertos e erros — inspiram confiança e engajamento genuíno.
A nova regra do jogo
Para Andre Purri, CEO da plataforma de benefícios Alymente, entender essa geração é uma questão de sobrevivência.
“O novo perfil de trabalhador demanda ambientes inclusivos, lideranças empáticas e compromisso social real. Entender o que move a Geração Z não é mais tendência — é sobrevivência no mercado”, afirmou ao jornal O Dia.
O que pode salvar as empresas
A mensagem da pesquisa é clara: não dá mais para adivinhar o que os jovens querem. É preciso ouvir, se adaptar e construir experiências de trabalho que sejam realmente significativas.
As empresas que fizerem isso terão times leais e inovadores; as que não fizerem continuarão perdendo seus talentos para quem entendeu que a Geração Z não trabalha por obrigação — trabalha por propósito.



