Por que a Geração Z está desligando das empresas e o que pode salvá-las, segundo consultoria de RH

Pesquisa da Gallup mostra queda no engajamento dos jovens e revela o que realmente faz a nova geração ficar — ou ir embora

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Geração Z
(Imagem: Ilustração/Energepic.com/Pexels)

A Geração Z está repensando o que significa trabalhar — e o recado para as empresas é direto: não basta pagar bem, é preciso fazer sentido.

Segundo um levantamento da consultoria Gallup, o engajamento dos jovens no mercado caiu de forma preocupante, com um número crescente de profissionais procurando novos caminhos, fora dos modelos tradicionais.

O estudo analisou se os colaboradores se sentem valorizados, apoiados e com oportunidades reais de aprendizado e crescimento.

O resultado escancara uma mudança profunda: a nova geração quer propósito, reconhecimento e liberdade, não apenas um contracheque no fim do mês.

O que afasta (ou aproxima) a Geração Z das empresas

1. Reconhecimento imediato e genuíno

A Geração Z não se motiva com elogios genéricos ou atrasados.

Eles valorizam feedbacks personalizados e honestos, que reconheçam conquistas reais e demonstrem atenção verdadeira ao trabalho.

Ser visto importa tanto quanto ser recompensado.

2. Crescimento profissional transparente

Promoções e títulos já não bastam. Os jovens querem clareza sobre o futuro dentro da empresa — oportunidades de aprender, testar novas funções e ampliar habilidades contam mais do que cargos de chefia.

Um plano de desenvolvimento individual bem estruturado é o que os mantém por perto.

3. Liderança flexível e humana

Chefes autoritários estão com os dias contados. A Geração Z busca líderes que saibam ouvir, adaptar-se e comunicar com empatia.

Gestores que demonstram humanidade — compartilhando acertos e erros — inspiram confiança e engajamento genuíno.

A nova regra do jogo

Para Andre Purri, CEO da plataforma de benefícios Alymente, entender essa geração é uma questão de sobrevivência.

“O novo perfil de trabalhador demanda ambientes inclusivos, lideranças empáticas e compromisso social real. Entender o que move a Geração Z não é mais tendência — é sobrevivência no mercado”, afirmou ao jornal O Dia.

O que pode salvar as empresas

A mensagem da pesquisa é clara: não dá mais para adivinhar o que os jovens querem. É preciso ouvir, se adaptar e construir experiências de trabalho que sejam realmente significativas.

As empresas que fizerem isso terão times leais e inovadores; as que não fizerem continuarão perdendo seus talentos para quem entendeu que a Geração Z não trabalha por obrigação — trabalha por propósito.

Isabella Valverde

Isabella Valverde

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com passagens por veículos como a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no estado. É editora do Portal 6 e especialista em SEO e mídias sociais, atuando na integração entre jornalismo de qualidade e estratégias digitais para ampliar o alcance e o engajamento das notícias.

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