Doença silenciosa preocupa médicos e já mata mais de 1 milhão de pessoas por ano
O grande perigo está justamente no fato de que ela evolui de forma discreta, muitas vezes sem sintomas, até causar danos graves e irreversíveis ao corpo

Uma doença silenciosa tem tirado o sono de médicos e pesquisadores em todo o mundo.
O grande perigo está justamente no fato de que ela evolui de forma discreta, muitas vezes sem sintomas, até causar danos graves e irreversíveis ao corpo.
É um problema global, que cresce a cada ano e já está entre as principais causas de morte no planeta.
Doença silenciosa preocupa médicos e já mata mais de 1 milhão de pessoas por ano
Estamos falando da doença renal crônica (DRC), uma condição que compromete lentamente a função dos rins — órgãos responsáveis por filtrar o sangue e eliminar impurezas do corpo.
Quando os rins começam a falhar, resíduos e líquidos se acumulam, o que pode afetar o coração, os vasos sanguíneos e até o cérebro.
De acordo com um estudo publicado na revista The Lancet, o número de pessoas com função renal reduzida chegou a 788 milhões em 2023, quase o dobro do registrado em 1990.
Desse total, cerca de 1,5 milhão de pessoas morrem todos os anos por complicações da doença, que já é considerada a nona principal causa de morte no mundo.
Por que a doença renal crônica é tão perigosa?
O grande problema dessa doença silenciosa é que, nos estágios iniciais, ela costuma passar despercebida.
Muitas pessoas descobrem o diagnóstico apenas quando os rins já estão bastante comprometidos, e o tratamento exige diálise ou transplante renal.
Além disso, o estudo mostrou que a DRC aumenta o risco de doenças cardiovasculares, sendo responsável por aproximadamente 12% das mortes por problemas no coração.
Isso a torna uma das condições crônicas mais impactantes da atualidade, especialmente em países com sistemas de saúde sobrecarregados.
Principais causas e fatores de risco
Os especialistas apontam três grandes vilões por trás da progressão da doença renal crônica:
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Hiperglicemia (diabetes)
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Hipertensão arterial
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Obesidade
Esses fatores, quando não controlados, sobrecarregam os rins e aceleram sua deterioração.
O envelhecimento populacional também contribui para o aumento dos casos.
Segundo o nefrologista Morgan Grams, da Universidade de Nova York, o problema é que a doença renal crônica é subdiagnosticada e subtratada.
Ele reforça a importância de exames simples de sangue e urina para detectar alterações precoces, o que permite um tratamento eficaz antes que o quadro se agrave.
O que pode ser feito para evitar a progressão da doença?
A boa notícia é que, quando detectada cedo, a doença pode ser controlada.
Pequenas mudanças no estilo de vida — como reduzir o consumo de sal, manter o peso adequado, controlar a pressão arterial e o açúcar no sangue — fazem toda a diferença.
Além disso, novos medicamentos têm mostrado resultados promissores em retardar o avanço da doença e diminuir o risco de complicações graves, como infarto e insuficiência cardíaca.
No entanto, ainda há desigualdade no acesso a esses tratamentos, especialmente em países de baixa renda.
Um alerta global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já incluiu a doença renal crônica em suas metas para reduzir em um terço as mortes prematuras por doenças não transmissíveis até 2030.
Isso reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e diagnóstico precoce.
Essa doença silenciosa é mais comum do que se imagina, mas também é possível preveni-la.
Consultas regulares, alimentação equilibrada e acompanhamento médico são as melhores armas para manter seus rins funcionando bem e sua saúde em dia.
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