Esse tempero em pó no feijão ajuda a evitar gases e melhora o funcionamento do intestino
Toque certo no preparo transforma o tradicional em aliado do seu intestino
Quem nunca saboreou uma boa tigela de feijão recém-cozido, o cheirinho se espalhando pela cozinha, a colher afundando no caldo fumegante e o arroz esperando para completar essa combinação clássica da mesa brasileira?
Esse ritual cotidiano não é apenas reconfortante — ele carrega consigo uma leguminosa riquíssima: fonte de ferro, vitaminas do complexo B, proteína vegetal e fibras.
Mas eis o detalhe curioso: o mesmo prato que nos nutre pode, para muitos, trazer desconforto — gases, estufamento, aquela sensação de barriga “inchada”. E é aí que entra a estrela menos esperada: o tempero em pó chamado cominho.
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Por que tudo muda com o cominho
Quando adicionamos cominho ao preparo do feijão, não estamos apenas realçando sabor — estamos ativando uma “ajuda” extra para a digestão.
Estudos apontam que o cominho contém compostos bioativos (como o cuminaldeído), que estimulam a produção de enzimas digestivas como a amilase e a protease, facilitando a quebra de carboidratos complexos e proteínas.
Um artigo recente coloca o cominho como “agente carminativo natural”, ou seja: ele ajuda a reduzir a formação de gases e favorece sua eliminação, graças à ação de relaxamento da musculatura lisa intestinal.
E o feijão, por que dá gases?
É simples — o feijão possui carboidratos complexos e fibras fermentáveis que, muitas vezes, não são completamente digeridas no intestino delgado. No intestino grosso, bactérias fermentam essas substâncias, gerando gases como hidrogênio e metano, além de inchaço.
Ao combinar o cominho à cozinheira dessa leguminosa, temos uma dupla: por um lado, o feijão oferece proteína, ferro e fibras; por outro, o cominho facilita a digestão e reduz o desconforto.
Como usar sem exageros
De acordo com a nutricionista citada pela reportagem do site Terra, basta adicionar a cada xícara de feijão cru meia colher de chá de cominho em pó para já se beneficiar do efeito digestivo.
- Outra boa prática: deixar o feijão de molho antes de cozinhar ajuda a reduzir os oligossacarídeos que causam gases.
- Vale lembrar: o sabor do cominho é marcante, levemente amargo e com notas cítricas — menos é mais.
Embora o foco aqui seja a digestão, não se pode ignorar que o cominho também possui propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas — e benefícios que vão desde controle de colesterol até fortalecimento do sistema imunológico.
Ou seja: aquele punhadinho de cominho pode parecer pequeno, mas carrega dentro de si mais do que sabor.
Na próxima vez que for preparar o feijão, experimente: depois de lavar e deixar de molho, adicione aquele toque de cominho na água ou direto na panela. O resultado? Um feijão cremoso, saboroso e mais gentil com o seu intestino. Afinal, cuidar da digestão pode (e deve) ser tão gostoso quanto saborear o prato.
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