A cidade escondida onde toda a população mora em um único prédio com 14 andares e 272 habitantes
Um lugar que reúne serviços, convivência e segredos: tudo acontece sob um mesmo teto

Whittier, no Alasca, é um exemplo raro de comunidade pensada para enfrentar clima e isolamento. Isso porque quase toda a sua população de 272 pessoas, segundo o censo de 2020, vive no Begich Towers, um condomínio de 14 andares que reúne moradias e boa parte dos serviços públicos e comerciais da cidade.
O edifício, originalmente construído para uso militar na década de 1950 e adaptado posteriormente para vida civil, virou símbolo da chamada “cidade sob um teto”, onde a necessidade moldou a arquitetura e a rotina local.
Dentro do Begich Towers existem não só apartamentos, mas também estruturas que sustentam a vida da comunidade: escola, clínica de saúde, loja de mantimentos, correio e até delegacia figuram entre as facilidades que tornam possível permanecer longos períodos abrigado do clima severo.
Essa concentração facilita o convívio e a logística, sobretudo em invernos rigorosos e em dias em que a passagem pelo Anton Anderson Memorial Tunnel fica limitada, e transformou o prédio em um espaço multifuncional, com corredores e serviços que substituem, em grande medida, a necessidade de longos deslocamentos pela cidade.
Para visitantes e pesquisadores, Whittier oferece um cenário singular: uma cidade pequena que funciona quase como uma vila vertical, com sentido forte de comunidade e adaptações históricas que explicam por que a maior parte dos moradores prefere seguir vivendo ali.
O modelo também levanta questões sobre resiliência em territórios remotos, planejamento urbano e como infraestruturas antigas, no caso, uma construção militar convertida, podem ganhar nova vida quando a geografia e o clima ditam soluções práticas.
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