Suspeitos de clonar perfis de pousadas de Pirenópolis são presos em operação da Polícia Civil

Além de Goiânia, ação especial realizou diligências na capital do Pará e em cidade do interior de São Paulo

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Suspeitos de clonar perfis de pousadas de Pirenópolis são presos em operação da Polícia Civil
Vista aérea de Pirenópolis, em Goiás. (Foto: Divulgação)

Membros de uma organização criminosa foram alcançados pelas forças policiais nesta terça-feira (16), suspeitos de envolvimento em estelionato e lavagem de dinheiro, ao clonar sites e perfis de redes sociais de pousadas de Pirenópolis.

Quem esteve à frente da terceira fase da Operação Sem Reservas foi a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que cumpriu mandados de prisão temporária e busca domiciliar em Goiânia, Belém (PA), e Taboão da Serra (SP), com o apoio das respectivas polícias civis estaduais.

De acordo com a investigação, a organização criminosa atuava com divisão de tarefas, voltada para a prática dos crimes.

O modo de atuação envolve a clonagem de sites e perfis de vendas e anúncios legítimos na internet, induzindo as vítimas a realizarem pagamentos por bens ou serviços inexistentes.

Os valores obtidos ilicitamente eram, então, direcionados para contas de terceiros e, em seguida, submetidos a complexos processos de lavagem de capitais, notadamente por meio da conversão e movimentação em criptoativos.

A PC disse que a operação prendeu os chamados “tripeiros”, integrantes de facção criminosa que alugam as contas de terceiros utilizadas pelo grupo e que realizam a lavagem do dinheiro dos golpes em casas de câmbio do Paraguai.

O grupo, segundo a investigação, foi responsável pela lavagem de R$ 13 milhões nos últimos dois anos. Esse montante é resultado de estelionatos virtuais praticados em todo o Brasil, com faturamento diário de R$ 20 mil, o que evidencia a sofisticação e o alcance da organização criminosa.

Segundo o apurado, 50% dos valores ficam com os golpistas que administram os sites e perfis clonados, 30% com os “tripeiros” e 20% com as pessoas que cedem as contas (“laras” ou “laranjas”).

Além dos mandados de prisão e busca domiciliar, o Juízo de Garantias do TJDFT determinou o bloqueio e a liquidação de criptoativos identificados em contas vinculadas aos investigados.

Outras fases

Na primeira fase da operação, deflagrada em novembro de 2024, a PCDF, com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO0, prendeu três pessoas responsáveis pela administração dos sites e perfis clonados.

Em março de 2025, na segunda fase da operação, a PCDF, com novo apoio da PCGO, prendeu oito pessoas envolvidas na criação dos sites e perfis clonados.

Com a operação de hoje e prisão dos “tripeiros”, já são 17 pessoas presas pela PCDF por envolvimento nos golpes das falsas pousadas de Pirenópolis. Durante as investigações foram identificadas 83 vítimas desses golpes no Distrito Federal.

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Paulo Roberto Belém

Paulo Roberto Belém

Jornalista profissional, com passagem por veículos radiofônicos e impressos. Também possui experiência em assessoria de comunicação. Atualmente, dedica-se à cobertura do cotidiano de Goiás, sempre buscando aprofundar os temas com responsabilidade, sensibilidade e apuração rigorosa.

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