Conselho pode negar registro a estudantes de Veterinária que cometeram vandalismo em Goiânia

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Conselho pode negar registro a estudantes de Veterinária que cometeram vandalismo em Goiânia
Resolução do CFMV prevê negação de inscrição a bacharel que tiver registro criminal no CPF |

 

Ainda repercute nas redes sociais e no curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de Anápolis o caso dos estudantes que, por diversão, praticavam crimes em Goiânia usando estilingue e bolinhas de gude.

Adriano Araújo Dias, de 24 anos; Ygor Murilo Maria Silva, de 29; e Antônio Carlos Vieira, de 22, e mais uma jovem que não teve a identidade divulgada pela Polícia Civil, foram presos e soltos na semana passada após a investigação apontar que eram eles os responsáveis por destruir faixadas de concessionárias de carro e quebrar os dentes de um chapeiro, na BR-060.

De classe média, os universitários vão responder o processo em liberdade. Mas, caso terminem o curso superior, eles poderão ter o registro negado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. É que uma resolução baixada em 2013 pela autarquia, que  possui atribuições constitucionais de fiscalização e normatização do execício da profissão de médico veterinário, orienta que os conselhos regionais peçam certidão criminal dos bacharéis para expedir o registro profissional.

“Ser até o momento da inscrição eles tiverem algum registro criminal no CPF, o CRMV-GO pode negar essa inscrição”, lembra a seccional goiana, que ainda lamentou o caso dizendo que o presidente do CRMV-GO, Benedito Dias de Oliveira Filho “reprova qualquer tipo de ato de violência, principalmente envolvendo estudantes de um curso de Saúde, que deveriam ter apreço por todos os seres vivos”. “Lamentamos que acadêmicos de nível superior estejam envolvidos em atos de violência e vandalismo”, reiteram.

Procurada pelo Portal 6, a Faculdade Anhanguera não retornou o contato feito pela reportagem. No entanto, o regimento interno da instituição, no Art. 70 inc.III-a, prevê desligamento de alunos envolvidos em “atos desonestos ou delitos sujeitos a ação penal, incompatíveis à dignidade da Faculdade”.

Os estudantes não foram localizados pela reportagem.

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