“Achei que o coração ia explodir de alegria”, diz idoso de Anápolis após rever família
Havia mais de 60 anos que o pedreiro Batista Cândido não sabia o paradeiro dos irmãos
Reencontrar a família que está distante a muito tempo aquece o coração. E para Batista Cândido Rodrigues, de 68 anos, não foi diferente. Morador de Anápolis, ele foi até Minas Gerais para rever os parentes que havia perdido contato a mais de 60 anos.
Em entrevista ao G1 ele contou ficou muito surpreso ao receber tanto carinho.
“Melhor impossível. Foi um momento de muita emoção. Achei que meu coração ia explodir de alegria. Foi a melhor viagem que fiz na minha vida”, relatou.
O encontro aconteceu no último dia 17, em Monte Carmelo. Batista viajou com a mulher, Elda Gonçalves Rodrigues, cinco filhos, sete netos e dois bisnetos. Ao chegar, conheceu mais de 50 pessoas e admitiu que ainda não gravou o nome de todos.
“Descobri irmãos, sobrinhos, cunhados. É muita gente, ainda estou decorando o nome de todos”, brincou.
Para colocar o assunto em dia, a família já criou um grupo no WhatsApp para manter contato. Uma das filhas de Batista, Keila Patrícia Gonçalves Rodrigues, de 38 anos, ficou comovida com o desenrolar da história.
“A gente não esperava tanto carinho. Foram hospitaleiros, nos receberam muito bem, com muito amor”, contou.
Em tempo
No início de junho, o pedreiro Batista Cândido Rodrigues pediu ajuda para encontrar os dois irmãos que ele não via desde a década de 1950 – quando saiu com o pai doente de Minas Gerais para a casa de um tio em uma fazenda em Petrolina de Goiás. Na época, a mãe, Joana Bárbara de Jesus, a irmã caçula, Iracema, e o irmão mais velho, Abadio, ficaram no estado vizinho.
Inicialmente ele sabia que a mãe já havia falecido, mas não tinha mais notícias dos dois irmãos. Com a divulgação da história, os internautas se comoveram e rapidamente conseguiram encontrar os familiares.
Ao conseguir o contato de Iracema, Batista soube que o irmão mais velho morreu há cerca de um ano, mas descobriu que tem mais três irmãos por parte de mãe (Jeferson, Marina e Edir) e que Jeferson mora em Caldas Novas, cerca de 220 km de Anápolis.