Homem preso em Anápolis cortou e filmou genitália da esposa
Em áudio, torturador também já havia confessado ter batido com facão e jogado pimenta no 'trem dela'
A Polícia Civil de Pirenópolis já concluiu o inquérito que investigava Elisomar Pereira da Silva, de 32 anos, por ter agredido e torturado então companheira de 39 anos.
Conforme o delegado Ariel Martins, responsável pelo caso, a análise mais detida do celular do autor revelou novos detalhes a respeito da prática de tortura, e mais um participante do crime foi descoberto.
Constatou-se que antes de o próprio Elisomar fotografar a vítima em situação na qual colocara pimenta em suas partes íntimas, ele teria cortado um pedaço de tecido de sua genitália. O agressor filmou a ação. Com a vítima na garupa de uma moto, lesionada, o autor fugiu para Anápolis através de uma estrada de terra. Relembre.
A investigação apontou também que Múrcio Afonso Pereira, 34 anos, também de Pirenópolis e colega de Elisomar, além de ter tido conhecimento do que vítima sofrera (recebeu as imagens dos golpes de facão, foto da vítima com pimenta nas partes íntimas), não apenas deixou de prestar socorro a ela e/ou comunicar o fato às autoridades, como auxiliou o autor a subtrair-se à ação da Polícia, além de ter tentado atrapalhar as investigações ao repassar informações falsas aos policiais que o procuraram.
Elisomar Pereira da Silva foi indiciado por tortura mediante cárcere privado, estupro de vulnerável e oferta de droga para consumo. Múrcio Afonso Pereira também foi indiciado por ter prestado auxílio a esses crimes.O inquérito foi remetido à Justiça, que deverá analisar o caso. As penas dos crimes praticados por Elisomar, se condenado na máxima cominação prevista, pode chegar a 28 anos de prisão em regime fechado.