O triste caso da jovem que foi estuprada em hospital particular de Goiânia

Paciente, que foi a óbito, estava na UTI para tratamento de crises convulsivas. Técnico de enfermagem apontado como autor do crime se entregou à Polícia

Da Redação Da Redação -
O triste caso da jovem que foi estuprada em hospital particular de Goiânia

Ildson Custódio Bastos, de 42 anos, suspeito de molestar uma paciente dentro da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Goiânia Leste, em Goiânia, se entregou nesta quarta-feira (29). O juiz Alessandro Manso e Silva, 7ª Vara Criminal, já havia decidido pela prisão preventiva.

Segundo a denúncia, no dia 17 de maio, a enfermeira coordenadora da UTI do hospital procurou a Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (Deam) relatando que uma paciente, de 21 anos, havia contado para a enfermeira plantonista que teria sido molestada, na noite do dia 16 de maio, pelo técnico de enfermagem.

A coordenadora, então, analisou as imagens das câmeras de segurança da unidade e pôde verificar que o profissional, por volta das 03h, tocou nas partes íntimas da jovem, manipulando-a por duas vezes naquela madrugada. Ele foi imediatamente afastado.

Estudante universitária, a paciente teria dado entrada na UTI do Hospital Goiânia Leste para tratamento de crises convulsivas. Ela foi a óbito no último domingo (29) e a unidade de saúde nega relação entre sua morte da jovem com o estupro.

As imagens que mostram Polícia Civil mostram a ação do técnico de enfermagem, foram entregues à Polícia Civil pelo Hospital Goiânia Leste. Na terça-feira (28), a Deam encaminhou pedido de prisão preventiva do investigado, formulado pela delegada Paula Meotti. Indagado, o Ministério Público também opinou pelo deferimento da prisão.

Para o juiz Alessandro Manso, ficou evidenciado nos autos os requisitos necessários para prisão preventiva do homem, como a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, bem como o perigo decorrente da liberdade do investigado.

“Além da presença de fortes indícios de autoria que pesam em desfavor dele, vejo que a conduta supostamente praticada é concretamente grave, havendo robustos elementos informativos indicando que ele, em tese, teria se aproveitado do estado de enfermidade, debilidade e vulnerabilidade da vítima, a qual se encontrava na UTI do hospital”, afirmou.

Ainda de acordo com o magistrado, a decretação da prisão preventiva do técnico de enfermagem se mostra imprescindível para garantia da ordem pública. “Entendida também no viés da repercussão social do fato, o que aqui, a toda evidência, exporá o repúdio da sociedade a fatos da estirpe, sobretudo no âmbito das famílias”.

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