Segunda-feira (10) tem mega ação para atualizar os cartões de vacina em Anápolis
Calendário inicia-se logo após o nascimento, e segue, aproximadamente, até os seis anos de idade. A partir daí, são recomendados reforços a cada dez anos
Seja gotinha ou agulhada, sempre haverá choro. Na maioria das vezes quando percebem já terminou, e olham com aquela carinha assustada sem entender o que aconteceu. Estamos falando de uma criança tomando vacina em uma cena corriqueira nos postos de saúde. Uma rotina temida, mas que faz toda a diferença na vida das pessoas.
E para lembrar a importância dessa proteção, 9 de junho foi instituída como o Dia Nacional da Imunização. Aqui em Anápolis, a data não vai passar em branco. A equipe da imunização e da unidade de Saúde do Bairro Jundiaí – referência em vacinação – preparou uma programação especial para quem for atualizar o cartão de vacinas na segunda-feira (10), das 08h às 16h.
Segundo a coordenadora de enfermagem da unidade, Rosana da Silva Souza, o objetivo da ação é conscientizar a população sobre a necessidade da imunização em todas as etapas da vida, mas, principalmente, nas crianças.
“Já chegou criança aqui com mais de um ano de idade e que nunca recebeu uma vacina. Falta conscientização e orientação”, ressalta a enfermeira, lembrando que haverá palestras sobre o tema.
Rosana alerta também para o atraso nas vacinas, uma situação bastante encontrada na unidade.
“Tem que seguir o calendário certinho. Isso é fundamental para a proteção contra inúmeras doenças”, explica. Na ação, todas as vacinas de rotina estarão disponíveis para quem procurar a unidade. E para afastar o medo da galerinha, haverá um ambiente lúdico e divertido com oficinas de pinturas, brinquedos e guloseimas.
É importante ressaltar que estarão disponíveis as vacinas que constam no calendário de vacinação. Aquelas que são ofertadas por meio de campanhas não serão dispensadas, como, por exemplo, a H1N1 contra a gripe, cujo período de imunização se encerrou e as doses enviadas pelo Ministério da Saúde já acabaram.
Imunidade
A vacinação, algo tão corriqueiro para as crianças, acaba se tornando esporádico durante a fase adulta. Mas, mesmo que o ser humano desenvolva imunidade ao longo da vida, a suscetibilidade a determinadas doenças permanece. E, para evitar, há a necessidade de tomar algumas vacinas que fornecem novos anticorpos que o organismo não produz. A imunização ativa ocorre através das vacinas ou contraindo uma doença, fazendo com que o próprio sistema imune do indivíduo produza anticorpos, durando por anos, até mesmo toda a vida.
O adulto que tomou todas as vacinas disponibilizadas pelo programa de vacinação desde a infância, aos 30 anos de idade já está protegido contra as formas mais graves de tuberculose, poliomielite, tétano, difteria, coqueluche e sarampo, hepatite B, rotavírus, meningite por hemófilos, doença pneumocócica invasiva causada pelo meningococo C, rubéola e parotidite viral, entre outras.
O calendário básico de vacinação inicia-se logo após o nascimento, e segue, aproximadamente, até os seis anos de idade. A partir daí, são recomendados reforços a cada dez anos.
Em tempo
A vacina é uma substância feita, geralmente, do vírus da doença, morto ou inoculado, que é injetado no corpo. O sistema não reconhece que o vírus está morto e fabrica substâncias que vão combatê-lo. Assim, quando o organismo estiver suscetível ao contágio da doença, ele já terá criado anticorpos para defendê-lo.
A vacina teve origem no início do século 18, quando muitos indivíduos morriam por causa da varíola. Nessa época, a esposa de um embaixador inglês, Lady Mary, já havia associado que o recebimento, por vias cutâneas, de secreção dos ferimentos de doentes em indivíduos saudáveis os imunizava. Esse método foi chamado de variolação e foi bastante utilizado até o fim do século. Nesse mesmo período, o médico inglês Edward Jenner injetou a secreção das fístulas de uma vaca com varíola em um menino saudável. Semanas depois, ele expôs a criança à varíola humana e ela não adoeceu.